terça-feira, 3 de setembro de 2013

A loira do banheiro



É difícil encontrar no Brasil alguém que não conheça a história da "loira do banheiro".

A personagem que assombra a imaginação de quem estudas nas escolas do país, seria Maria Augusta, filha do visconde Franciscus D'A Oliveira Borges e da viscondessa Amélia Augusta Cazal.
Os boatos são de que ela aparece nos banheiros para os alunos.
Filha de Francisco de Assis de Oliveira Borges, Visconde de Guaratingetá e de sua segunda esposa, Amélia Augusta Cazal, Maria Augusta nasceu no ano de 1866 e teve uma infância privilegiada e um requintado estudo em sua casa, cujas terras ultrapassavam os limites da atual Rua São Francisco.

Sua beleza encantava os ilustres visitantes que passavam pelo vale do Paraíba.
Naquela época, a política dos casamentos não levava em conta os sentimentos dos jovens, pois os casamentos eram "arranjados" levando-se em conta na realidade, os interesses dos pais.
Uma nítida conotação de transação simplesmente econômica ou meramente política, teria levado o Visconde de Guaratinguetá a unir no dia 1 de Abril de 1879 sua filha Maria Augusta com apenas quatorze anos de idade com um ilustre conselheiro do Império, Dr. Francisco Antônio Dutra Rodrigues, vinte e um anos mais velho que a bela jovem.

Como era previsível, surgiram divergências entre Maria Augusta e seu marido, o Dr. Dutra Rodrigues, devido também à sua pouca idade, fazendo com que os pensamentos e ideais dos casal fossem diferentes.
Devido à esses problemas, Maria Augusta deixa a companhia do Marido em são Paulo e foge para a Europa na companhia de um titular do Império e alto ministro das finanças do reino, passando a residir em Paris na Rua Alphones de Neuville.
Maria Augusta assume definitivamente a alta sociedade parisiense abrilhantando bailes com sua beleza, elegância e juventude.
Maria Augusta prolonga sua estada na França até que no dia 22 de Abril de 1891, com apenas 26 anos de idade vem a falecer, sendo que para alguns, devido à Pneumonia, e para outros a causa foi a Hidrofobia.
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Autismo e a visão espírita

Explica Carlos Baccelli:

A lição que passaremos hoje para o papel, não ocorreu propriamente à sombra do frondoso abacateiro onde, habitualmente, Chico Xavier realiza o culto evangélico, em pleno coração da Natureza.
O que iremos narrar, tão fielmente quanto possível, ouvimos num sábado à noite “Grupo Espírita da Prece”, logo após o contato fraterno com os irmãos que residem nas imediações da Mata do Carrinho, o novo local onde as nossas reuniões vespertinas estão sendo realizadas.
Um casal aproximou-se ao Chico, o pai sustentando uma criança de ano e meio nos braços, acompanhando por distinto medico espírita de Uberaba.
A mãe permaneceu a meia distância, em mutismo total, embora com alguma aflição no semblante.
O médico, adiantando-se, explicou o caso ao Chico: a criança, desde que nasceu, sofre sucessivas convulsões, tendo que ficar sob o controle de medicamento, permanecendo dormindo a maior parte do tempo, em consequência, mal consegue engatinhar e não fala.
Após dialogarem durante alguns minutos. O Chico perguntou ao nosso confrade a que diagnostico havia chegado.
- Para mim, trata-se de um caso de autismo – respondeu ele.
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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Não se esqueça

"Não se esqueça de que, qualquer que seja sua posição na vida, há sempre dois niveis a observar: os que estão acima e os que estão abaixo de você. Procure colocar-se algumas vezes na posição de seus chefes; e outras vezes na posição de seus subordinados. Assim, você poderá compreender ao vivo os problemas que surgem dos dois lados. E, desta forma, poderá ajudar melhor a uns e a outros..."    
Carlos Torres Pastorino


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Doutrina Espírita

"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." 
Chico Xavier - Emmanuel

Sinal EspíritaA doutrina espírita têm, provavelmente, o maior número de pessoas preconceituosas à ela... E é por única e exclusivamente falta de informação por parte dessas pessoas. Mas qualquer um pode, sim, fazer reinar luz na cabeça de quem não acredita. Que possamos nos tornar mensageiros dessa linda doutrina. 


O Espiritismo é a luz da humanidade!





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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Cartas de Tarot e a visão Espírita

Kardec durante a obra da Doutrina Espírita convidou-nos a utilizar a razão em todos os casos.
 

Utilizando a minha razão, concebo que não faz sentido nenhum o ritual das "adivinhações". É importante deixar claro que "cartas de tarô" nada tem a ver com a Doutrina Espírita.
 

Acho possível a pessoa que "joga as cartas" ser médium e em raros casos, devido a isso, "captar" algo. Todavia, uma pessoa que "joga as cartas" muitas vezes cobra por isso... além disso, se a pessoa acredita que a resposta está nas cartas e não numa possível mediunidade notamos a falta de esclarecimento racional... Assim, juntando uma pessoa que cobra pela mediunidade, bem como sem esclarecimento racional, podemos constatar o nível dos espíritos afins dela.
 

Vale lembrar que NENHUM espírito superior faz previsões, muito menos se preocupa com acontecimentos corriqueiros da vida de cada um.

É inegável que o Espiritismo, essencialmente, como fato natural, como lei da vida, é de todos os tempos, encontra-se ainda que de modo difuso ou velado no alicerce de todas as crenças imortalistas, razão por que deve ser concebido não como uma seita particular e sim como elemento capaz de fortalecer as diversas religiões e abrir caminho para que elas se encontrem com as várias ciências, levando o homem a cumprir de maneira integral seu destino neste mundo, através do desenvolvimento tanto das potencialidades sentimentais quanto intelectivas. 

Assim sendo, nada impede que um católico, um teosofista, um amante da umbanda ou do esoterismo seja também espírita, em face do caráter universalista, cósmico, do Espiritismo, e quem quiser defender esta posição certamente descobrirá algumas frases de Allan Kardec para se apoiar. Contudo, somente será espírita em parte, e não de modo completo, pois é igualmente indiscutível que a verdadeira Doutrina Espírita está no ensino que os Espíritos deram (“O Livro dos Espíritos”, introdução, item XVII), e tal ensino é suficientemente claro quando estabelece os fundamentos de uma filosofia racional (idem, Prolegômenos) que incompatibiliza a teoria e prática do Espiritismo com tudo aquilo que tem sabor místico e é destituído de conteúdo lógico. Daí porque ninguém pode ser fiel à causa espírita se deixar de agir com bom senso.



Segue uma entrevista do Richard Simonetti, a qual ele discorre sobre astrologia:


 01 – Os astros governam nossa vida?
Apenas no imaginário popular, sempre propenso a aceitar fantasias sobre os mistérios do destino humano. Há pessoas especializadas em ler o nosso futuro na borra do café. ninguém perde dinheiro apostando na ingenuidade humana.

02 – Mas a Astrologia é milenariamente cultivada, situada como uma complexa ciência…
Para os sonhadores… Astronomia, esta sim, uma ciência, demonstra que os movimentos dos astros não guardam a mínima relação com o destino das pessoas.

03 – O fato de nascermos sob determinado signo, uma conjunção de astros no céu, no dia de nosso nascimento, não influi, de certa forma, em nossa personalidade, em nossa maneira de ser?
Nossa personalidade é fruto de experiências pretéritas, em vidas anteriores. Admitir que o indivíduo possa ser manso ou um troglodita, ter ouvido afinado ou não saber distinguir um fá de um dó, ter vocação para o estudo ou odiar livros, por influência astrológica é algo tão extravagante quanto a doutrina das graças, segundo a qual deus teria seus escolhidos para a salvação. e a justiça, onde fica?

04 – Como explicar o fato de que os horóscopos definem o perfil psicológico da pessoa, de conformidade com seu signo?
O perfil psicológico no horóscopo é feito de generalidades. as pessoas sempre se encaixam em algumas características apresentadas. Se consultarmos os doze signos do zodíaco verificaremos que em todos há algo de nossa personalidade.

05 – E quanto ao dia-a-dia? Há pessoas que lêem diariamente seu horóscopo com boa margem de acertos.
Também é feito de generalidades. Algo como dar tiros no escuro. Alguns atingirão o alvo. considere, ainda, que sob influência do horóscopo as pessoas criam condicionamentos. Digamos que eu leia que o dia não me será favorável; terei dissabores e contrariedades. admitindo essa idéia assumirei uma postura negativa que me levará a ver dissabores e contrariedades nas rotinas diárias e até contribuir para que aconteçam.

06 – E poderia ser o contrário?
Exatamente. Se eu me convenço, porque li no horóscopo, de que meu dia será maravilhoso, assim tenderá, porquanto estarei estimulado a cultivar o bom humor, convicto de que tudo correrá bem.

07 – Seria tudo condicionado ao poder de nossa mente?
Isso é elementar. Por isso a recomendação basilar do oráculo de delfos, não é: “homem, conhece a astrologia”. Recomenda “homem, conhece-te a ti mesmo”. Na medida em que nos aprofundarmos nesse imenso universo que é a nossa alma, decifraremos com muito mais propriedade o nosso destino.

08 – E a opinião do Espiritismo?
No livro A Gênese, capítulo 7, Allan Kardec destaca a impropriedade da Astrologia, abordando fatos científicos. A pá de cal sobre o assunto está na questão 867, de O Livro dos Espíritos. Pergunta o codificador: Donde vem a expressão: Nascer sob uma boa estrela? Respondem os espíritos mentores, incisivamente: Antiga superstição, que prendia às estrelas os destinos dos homens. Alegoria que algumas pessoas fazem a tolice de tomar ao pé da letra.
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quarta-feira, 27 de março de 2013

Materialização de Espíritos

Trata-se de um fenômeno mediúnico de efeitos físicos


As ações desenvolvidas pelos efeitos dessa mediunidade afetam o ambiente material e, por isso, são denominados de efeitos físicos. Os fenômenos de efeitos físicos resultam da ação dos espíritos sobre os fluidos até chegar a produzir resultados perceptíveis no mundo material. Os efeitos dessa mediunidade são percebidos por qualquer pessoa que os possa presenciar.


O efeito físico é o resultado da combinação dos fluidos do espírito, do o ectoplasma do médium e os fluidos do ambiente. Com esses três elementos o espírito gera o fenômeno, o anima e controla pelo pensamento.


Fluidos


André Luiz, no livro Domínios da Mediunidade, afirma que o fluido é um material leve e plástico, necessário para a materialização. Podemos dividi-lo em três elementos essenciais: fluidos A, representando as forças superiores e sutis da esfera espiritual (são, geralmente, os mais puros); fluidos B, nascidos da atuação dos companheiros encarnados e, muito notadamente, do médium; e fluidos C, constituindo energias tomadas à Natureza terrestre (são os mais dóceis).


Os Espíritos agem sobre os fluidos, intencionalmente ou não, conforme o esclarecimento e a evolução.


As formações fluídicas são geradas pelo pensamento e dependem da capacidade de cada um ter mais ou menos potencialidade de criar formas através da manipulação de fluidos.


Podem aglomerar, dirigir, modificar e até combinar entre si para obter resultados ou conferir-lhes propriedades.


É assim que, no campo espiritual, as “coisas” são plasmadas (formadas).
Materialização (ou Ectoplasmia)


Fenômeno pelo qual os espíritos constroem algo material (objeto ou corpo) a partir da manipulação do ectoplasma, em combinação com os fluidos do ambiente e do espírito.


Para que o fenômeno de materialização de espíritos aconteça, é necessário a presença do médium de efeitos físicos e a presença de um componente especial denominado de ectoplasma.


Chama-se de médium de efeito físico aquele que tem a faculdade que permite ceder ectoplasma em quantidade suficiente para possibilitar aos espíritos o seu uso em combinação com outros fluidos (os do espírito e do ambiente), visando produzir ações e resultados sobre o mundo material.
O Ectoplasma


O ectoplasma é uma substância que se acredita que seja força nervosa e tem propriedades de interagir com o mundo físico. É um elemento amorfo, mas de grande potência e vitalidade, servindo de alavanca para interagir os planos físicos e espiritual. Infinitamente plástico, dá forma parcial ou total às entidades que se fazem visíveis.


É uma substância delicadíssima, que se situa entre o perispírito e o corpo físico, assim como um produto de emanações da alma pelo filtro do corpo, e é recurso peculiar não somente ao homem, mas a todas as formas da Natureza.


Pode ser usado pelo ser humano para liberá-lo, produzindo vários fenômenos. É de difícil manipulação, exige treinamento e técnicas para que os espíritos possam se utilizar desse fluido.


O médium em transe fornece o ectoplasma necessário para o fenômeno. O ectoplasma flui para fora do corpo do médium pelos orifícios naturais do organismo humano. Os espíritos combinam este ectoplasma com os fluidos retirados do ambiente (plantas, animais etc) e moldam as formas e os corpos desejados.


No processo de materialização, o corpo físico do médium, prostrado, sob o domínio dos técnicos do plano espiritual, expele o ectoplasma, qual pasta flexível, à maneira de uma geléia viscosa e semiliquida, através de todos os poros e, com mais abundância, pelos orifícios naturais - particularmente da boca, das narinas e dos ouvidos - com elevada percentagem a exteriorizar-se igualmente do tórax e das extremidades dos dedos.


Durante o fenômeno o médium apresenta sensível perda de peso (matéria) e sensações de frio. É desgastante e requer muito cuidado para que a experiência não afete a saúde do médium. Deve ser realizado em um ambiente escuro (a luz afeta o ectoplasma) e tranquilo, e não deve-se tocar no médium durante o transe.


Ao final da manifestação o corpo ou objeto materializado se dissolve e os seus elementos retornam aos corpos de origem.
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terça-feira, 26 de março de 2013

O que é o Umbral?

Várias linhas espirituais falam sobre um lugar de trevas, para onde criaturas que desencarnam em situação de muita dor, ódio, suicídio, etc. acabam indo. Como e quando surgiu a palavra Umbral no espiritismo?
Na imagem, ilustração do que seria o umbral. (Extraído do filme Nosso Lar)
Amplamente usada por André Luiz através da psicografia de Chico Xavier, hoje faz parte da linguagem espírita para definir zonas de dor e sofrimento. Definida nos dicionários (Aurélio) como: “Limiar da Entrada”, este sempre existiu como conseqüência natural da mente humana. Na obra Nosso Lar encontramos, nas palavras de Lísias: “O Umbral começa na crosta terrestre. É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram atravessar as portas dos deveres sagrados a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano de erros numerosos”.

Via de regra, até quanto tempo uma alma pode passar no Umbral? Em que circunstâncias a alma pode ser resgatada e ir para uma dimensão mais elevada?

A) O tempo que sua consciência determinar.

B) A partir de seu despertar para as verdades eternas. Um espelho sujo não pode refletir a luz.

O Umbral também possui vários planos de existência?


No Livro dos Espíritos, as questões 101 a 106 e seguintes, tratam bem do assunto, explicando-nos as diferentes categorias de espíritos. Portanto, os agrupamentos são determinados pelas afinidades vibratórias formando núcleos pela concentração de tendências e desejos gerais. Compreendemos que cada criatura vive daquilo que cultiva em qualquer dos planos da vida.

No livro Memórias de um Suicida nós temos um relato no mínimo tétrico dessa região e dos espíritos que ali habitam. Alguns videntes dizem que quem ali se encontra, muitas vezes não consegue enxergar espíritos consoladores, de tão densos que são os seus corpos etéricos. O senhor poderia nos falar um pouco sobre isso?

Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, capítulo Ensino Teórico das Sensações dos Espíritos, questão 257, cita: “Não possuindo órgãos sensitivos, eles podem, livremente, tornar ativas ou nulas suas percepções". Uma só coisa são obrigados a ouvir: os conselhos dos Espíritos bons. A vista, essa é sempre ativa; mas eles podem fazer-se invisíveis uns aos outros. Conforme a categoria que ocupem podem ocultar-se dos que lhes são inferiores, porém não dos que lhes são superiores.

Muitos dizem que o Umbral é o pensamento global dos sofredores plasmado no éter próximo à crosta da Terra. Isso é verdade?

Manoel Philomeno de Miranda, através da mediunidade de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura, assim o descreve: “Composta de elementos que me escapavam, eram e são, no entanto, vitalizadas pelas sucessivas ondas mentais dos habitantes do planeta, que de alguma forma sofrem-lhe a condensação perniciosa”.

Existem espíritos além de qualquer possibilidade de resgate? É possível um espírito, de tão maligno, ter sua centelha divina extinta para sempre ou então reencarnar no corpo de um animal?

Seria negar a justiça divina. Todos nós, por momentos ou séculos, atravessamos estas regiões. Todos fomos criados com o objetivo de evolução, e sermos condenados a penas eternas ou retroagirmos por castigo, é negar os princípios de amor e perdão pregados pelo Cristo. Na questão 194 do Livro dos Espíritos encontramos: “A alma não pode regredir, afirmar ao contrário seria negar a lei de progresso.”

Como se dá a reencarnação de espíritos que não conseguem sair do Umbral?

A questão 330 do Livro dos Espíritos nos responde: “A reencarnação é então uma necessidade, assim como a morte é uma necessidade da vida corporal". Ainda no Livro dos Espíritos, questão 1006, encontramos o ensinamento de São Luís de que “ninguém é totalmente mau”. E em João, cap. 1 a 12: “Em verdade vos digo, ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo”. Cedo ou tarde todos despertamos para a luz. Deus oferece a todos oportunidades iguais, facultando a cada um o que melhor lhe aprouver, enquanto assim o deseja, dentro do céus ou do inferno que construiu para si. Somos escravos de nossas culpas, mas também construtores de nosso amanhã.

Qual dos seus livros trata mais de perto da existência do Umbral?

À Sombra da Luz.

Existe uma hierarquia entre os habitantes desse plano?

Sim, dentro das conquistas de cada um, de conformidade com os ideais que alimentam.

Qual é o elo de ligação entre essas entidades?

Através da psicografia de Chico Xavier, em Ação e Reação, André Luiz nos relata, no capítulo 19: “...situado entre dolorosa região de sombra cultivada pelas mentes, em geral, rebelde e ociosa, desvairada e enfermiça.” Em Nosso Lar, capítulo 12: “Lá vivem e agrupam-se os revoltados de toda espécie, formam igualmente, núcleos invisíveis de notável poder, pela concentração de afinidades comuns.”

É verdadeira a informação de que o plano umbralino envolve o nosso planeta, num verdadeiro “cinturão” vibratório?

Em nossa busca pelo aprendizado, encontramos a palavra esclarecedora de Manoel Philomeno de Miranda, em sua obra Nas Fronteiras da Loucura, psicografado por Divaldo. No capítulo 19 lemos: “...percebi haver em torno da Terra, faixas vibratórias concêntricas, que a envolviam, desde as mais condensadas, próximas à esfera física, até as mais sutis, distanciadas do movimento humano da crosta”.

É possível mencionar algumas das fraternidades que se dedicam a amparar e a resgatar os espíritos que, se encontrando no Umbral, arrependem-se dos seus erros, rogando a misericórdia de Deus?

Nossos amigos espirituais nos orientam que estes postos de socorro, núcleos de atendimento e apoio são criados e sustentados por aqueles voltados ao bem que já de há muito dispõem de condições para trabalho em esferas mais elevadas, no entanto preferem servir na prática do amor onde a dor é mais aguda. Note-se que nos referimos às equipes existentes no plano espiritual. Como são inúmeras e evitando incorrer em erro, pois naturalmente omitiríamos, por esquecimento e por desconhecê-las, muitas, preferimos não citar aquelas que são de nosso conhecimento.

É recomendável vibrar ou fazer preces pelos espíritos que se encontram no Umbral?


Jesus nos afirma através de Mateus, no capítulo 9, vers. 10 a 12 do Evangelho Segundo o Espiritismo: “Não são os que gozam de saúde que precisam de médico”. Veja-se ainda, no capítulo 27, questão 18 (prece pelos mortos e espíritos sofredores): “... a prece tem sobre eles uma ação mais direta, reanima-os, incute-lhes o desejo de se elevar pelo arrependimento e pela reparação...”. Como espíritas, compreendemos ser a prece uma sublime oportunidade de praticar a caridade.

Os espíritos em condição mais elevada transitam – se assim o desejarem – pelas regiões umbralinas?

Na obra Ação e Reação, de André Luiz, encontramos no capítulo 15 a descrição de uma destas muitas incursões feitas por aqueles que ali vão na prática do serviço fraterno em nome de Jesus, o que nos faz compreender que em parte alguma é escasso o amparo do Mais Alto.

Aqueles que lá se encontram conseguem influenciar os encarnados? Descreva, se possível, como acontece essa influenciação.

Manoel Philomeno de Miranda descreve, através da psicografia de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura: “Em muitos desses sítios programam-se atentados sórdidos contra os homens e elaboram-se atividades que objetivam a extinção do bem, assim como a instalação do primado da força bruta no mundo. Pelo processo de sintonia, desencarnados imantam-se àqueles que lhe são afins, sempre conjugando os valores morais que os caracteriza”.

Os encarnados – em sonhos ou em desdobramentos – conseguem penetrar nessas regiões sofredoras?

Buscamos no Livro dos Espíritos, capítulo 8, a questão 402, que ilustramos a seguir: “... os espíritos dedicados ao bem, ao se libertar da vestimenta carnal vão reunir-se a outros espíritos com os quais se instruem e trabalham. Todavia, a massa de homens vai seja para regiões ou mundos inferiores onde velhas afeições os evocam”.

O Vale dos Suicidas – citado por muitos espíritas – existe realmente?

Acreditamos que sim, pois a sintonia atrai as vibrações similares que aproximam e vinculam as almas. Vive-se, portanto, em comunhão constante com aqueles aos quais nos afinamos psiquicamente.

Existem trabalhos de desobsessão no Cenáculo Espírita Fraternidade para auxiliar os espíritos que se encontram nas regiões umbralinas?

As reuniões de ajuda e esclarecimento a irmãos sofredores fazem parte da rotina de atividades de nossa casa. As de desobsessão são realizadas atendendo às orientações de nossos mentores, quando as julgam necessárias e se estivermos aptos para tal.

O Umbral corresponderia ao Hades grego ou ao purgatório da Igreja Católica?
A descrição de nossos mentores e irmãos espirituais, nas muitas obras que tratam do assunto, nos levam a crer que sim. Citaremos para referência as obras de André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, e ilustraremos com as palavras de Manoel Philomeno de Miranda através de Divaldo, em Nas Fronteiras da Loucura: “...colônias específicas por sua maldade construídas, nas quais fazem supor tratar-se de purgatórios e infernos governados por verdadeiros gênios do mal...”.

Fale sobre o seu último livro, que está sendo lançado pela Petit Editora
.

Filipe nos relata com detalhes a formação de um posto de socorro junto às sombras, descrevendo com riqueza de detalhes essas regiões de dor e sofrimento, quando nos é dada ainda a oportunidade de conhecer um de seus lideres, à frente de inúmeros seguidores. Todo o relato feito por nosso irmão se passa nestas regiões de dor e sofrimento.

Finalize, Alceu, com uma mensagem para os leitores da revista Espiritismo & Ciência.

Se nos fosse possível conhecer a extensão do nosso hoje, certamente saberíamos melhor aproveitar as oportunidades que nos são ofertadas por Deus. O Consolador prometido por Jesus veio em tempo certo, encontrando muitos já prontos para assimilar seus princípios, enquanto outros ainda à margem da estrada, insistem em manter-se ausentes dos compromissos que lhes cabem em sua oportunidade de evolução. Outros ainda, ao se aproximarem da doutrina consoladora, o fazem moldando-a a seu critério, esquecendo-se de que esta é a única que pode encarar a razão face a face, em qualquer época da humanidade. Portanto, como espíritas, cumpre-nos o dever de execução das palavras de Jesus, que nos determina “Amar a Deus sobre todas a coisas e ao próximo como a nós mesmos”, e o Espírito de Verdade nos fornece o direcionamento que é a luz, o caminho correto para nos beneficiarmos da oportunidade de sermos espíritas cristãos. “Espíritas, amai-vos, espíritas instrui-vos”; estes princípios são imprescindíveis a qualquer ação que nos leve à conquista de nossa evolução. Tornemo-nos, portanto, a ponte entre a dor e a esperança, a sombra e a luz do esclarecimento, o pão e a fome, o ódio e o amor, encurtando as distâncias entre nós e Jesus.

Natural de Bicas, Minas Gerais, o médium Alceu Costa Filho não apenas tem psicografado vários livros, mas também é capaz de realizar efeitos mediúnicos de natureza física, entre eles a materializaçào de espíritos. Foi por orientação de seus mentores espirituais que passou a se dedicar com exclusividade ao seu lado intelectual.
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Profecia e a visão espírita

O que é uma profecia? Dá para prever o futuro?
Raul Teixeira: Uma profecia é uma atitude através da qual desvenda o porvir, desvenda o futuro.
A mente humana tem esta possibilidade, parapsicologicamente falando, de registrar, de captar, algo que ainda vai acontecer, o que nós chamamos de futuro. E de registrar coisas que já ocorreram. Então a parapsicologia chamaria isso de retrocognição quando nós conhecemos o passado, pré-cognição quando nós conhecemos o futuro, e cognição que é o conhecimento da atualidade.
E ao longo da história dos homens, muitas foram as criaturas que demonstram ter esta habilidade, este canal aberto para determinadas sutilezas e captações. E a isso se chamou de profetismo, e profecia a atitude do profeta. O que hoje chamamos de paranormal, sensitivo ou de médium. Mas nós encontramos, por exemplo, nos textos bíblicos como profeta. Eles não falavam somente sobre coisas que viriam acontecer, mas falavam coisas da vida das pessoas.


No acidente da GOL, uma menina estava brincando e de repente disse: "O AVIÃO DO PAPAI EXPLODIU". O que é isso?
Raul Teixeira: Isso é uma profecia. Não é uma profecia quanto ao futuro, é quanto ao atual, é uma cognição. Porque o profetismo se caracteriza por este registro paranormal. Não é uma coisa que a pessoa leu num texto, que ouviu alguém falar, é algo que nasce na mente dela, brota na sua intimidade, que ela intui e que acontece, aconteceu ou acontecerá. Daí então, no momento do acidente que estava para ocorrer, a mensagem se espalhou pelo Cosmo, e quem estivesse com a sua antena naquela sintonia, seria capaz de registrar. É como se fossem rádios amadores captando as ondas do Espaço.


Como o profeta recebe esta profecia?
Raul Teixeira: Existem dois tipos de profecia. A profecia mediúnica: quando uma entidade espiritual chega para o médium e diz: "amanhã vai chover ás 3h da tarde." Esta informação ocorre porque este Espírito é conhecedor da meteorologia, ele tem conhecimento que as massas frias, estão se acumulando em tal lugar e dentro de tantas horas haverá chuva. Por que o Espírito diria isso? Raul Teixeira: Porque deve haver algum interesse. Ex.: não viaje; suspenda a festa neste lugar; não levem as crianças para tal ponto. É como aconteceu com José, quando o Espírito veio avisá-lo para fugir com o menino, por causa da sanha que Herodes iria aprontar. Então era uma premonição mediúnica, era um Espírito dizendo para alguém. Mas pode ser, que não seja mediúnica, seja uma profecia anímica (da própria alma do profeta). Há pessoas que tem a mente ativa, e a mente ativa é como um radar que vasculha o ambiente psíquico ao qual está vinculado. E tudo o que vai ocorrer na humanidade está circulando nestas ondas de "herts", está espalhado neste Cosmo. Para os Espíritos superiores não há nenhuma novidade que eles não saibam que vai ocorrer dentro dos destinos da humanidade.

O profeta pode ser enganado por um Espírito?
Raul Teixeira: Pode, e ocorre muitas vezes. Porque há muitas pessoas ansiosas, e outras que são aventureiras. Entidades oportunistas tiram partido disso. Se eu quero ver você sofrer e eu sei que você é ansiosa, eu direi:
- Xiii! Com este temporal que vai acontecer, eu acho que as pessoas da rua não vai chegar em casa.
Você que tem parente na rua começa a se desesperar. Mas é só para lhe ver sofrer. São Espíritos que forjam estas situações ridículas. E há outros que querem tirar proveito, dizendo:
- Se você pagar "tanto" ali na esquina, isso não vai acontecer.
- Se você deitar 7 vezes no chão por dia, isso não vai acontecer.
Fazem isso para zombar de você. São os Espíritos que chamamos na Doutrina Espírita de zombadores ou zombeteiros, eles tiram proveito disso.
Então, se nós estamos lidando com inteligências desencarnadas, junto à inteligências encarnadas, nós tanto vamos encontrar aquelas que são do Bem, buscando o Bem pelo Bem, como encontraremos aquelas que tiram partido.


E como podemos diferenciar as mensagens do Bem e as do que não são do Bem?
Raul Teixeira: Pela lógica. Nós estamos desacostumados a pensar. Nós estamos acostumados a acreditar. Somos pouco criteriosos. Jesus pediu para que fossemos "mansos como as pombas, mas prudentes como as serpentes". E nós somos mansos como as pombas e nos esquecemos de ser prudente como a serpente. 

E tudo que os outros dizem, nós acreditamos. Vejamos que na idade média, a religião tradicional dizia para o povo que o mundo ia acabar. E o povo saía entregando as fazendas, as cabras, as casas, para a religião dominante. Mas, se o mundo ia acabar, porque a religião recebia? E ninguém refletia sobre isto? Mostrando como somos tolos. Temos que pensar no que está sendo apregoado, se faz sentido. E na maioria das vezes, veremos que são coisas ridículas. E os zombeteiros tiram proveito disso, enquanto nós nos conformamos dizemos que isso é das religiões.
Então, lembremos que, as previsões são os registros capitados pelos profetas (médiuns). Estas previsões sofrem modificações pelas interpretações que correspondem a sua cultura, sua maturidade intelectual e/ou experiências religiosas, o que torna sempre vulnerável a veracidade de tais comunicações. Sem deixarmos de lembrar que os Espíritos Nobres nunca tem o objetivo de amedrontar, de impor, de nos modificar à força, mas, ao contrário, estão sempre dispostos a sugerir, a orientar, a propor sem nada exigir.
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domingo, 24 de março de 2013

Chico Xavier e Boneca

Chico Xavier tinha uma cachorra de nome Boneca, que sempre esperava por ele, fazendo grande festa ao avistá-lo.

Pulava em seu colo, lambia-lhe o rosto como se o beijasse.
O Chico então dizia: - Ah, Boneca, estou com muitas pulgas!

Imediatamente ela começava a coçar o peito dele com o focinho.

Boneca morreu velha e doente. Chico sentiu muito a sua partida. Envolveu-a no mais belo xale que ganhara e enterrou-a no fundo do quintal, não sem antes derramar muitas lágrimas.

Um casal de amigos, que a tudo assistiu, na primeira visita de Chico a São Paulo, ofertou-lhe uma cachorrinha idêntica à sua saudosa Boneca.

A filhotinha, muito nova ainda, estava envolta num cobertor e os presentes a pegavam no colo, sem contudo desalinhá-la de sua manta.

A cachorrinha recebia afagos de cada um. A conversa corria quando Chico entrou na sala e alguém colocou em seus braços a pequena cachorra.

Ela, sentindo-se no colo de Chico, começou a se agitar e a lambê-lo.
- Ah Boneca, estou cheio de pulgas! disse Chico.

A filhotinha começou então a caçar-lhe as pulgas e parte dos presentes, que conheceram a Boneca, exclamaram: "Chico, a Boneca está aqui, é a Boneca, Chico!"

Emocionados perguntamos como isso poderia acontecer. O Chico respondeu:
- Quando nós amamos o nosso animal e dedicamos a ele sentimentos sinceros, ao partir, os espíritos amigos o trazem de volta para que não sintamos sua falta.

É, Boneca está aqui, sim e ela está ensinando a esta filhota os hábitos que me eram agradáveis.

Nós seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar.

Por isso, quem maltrata um animal é alguém que ainda não aprendeu a amar.

Adelino da Silveira
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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Doenças e a visão espírita

Será que, ao nos sintonizarmos com energias e atitudes negativas, não estamos abrindo caminho para ficarmos doentes? 

No livro Mãos de Luz, a curadora norte-americana Barbara Ann Brennan apresenta um raciocínio muito interessante: “Toda doença é uma mensagem direta dirigida a você, dizendo-lhe que não tem amado quem você é e nem se tratado com carinho, a fim de ser quem você é”. De fato, todas as vezes que nosso corpo apresentar alguma “doença”, isto deve ser tomado como um sinal de que alguma coisa não está bem.
A doença não é uma causa, é uma conseqüência proveniente das energias negativas que circulam por nossos organismos espiritual e material. O controle das energias é feito através dos pensamentos e dos sentimentos, portanto, possuimos energias que nos causam doenças porque somos indisciplinados mentalmente e emocionalmente. Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz explica que “assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais”.

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