sábado, 15 de dezembro de 2012

21 de Dezembro


"No próximo dia 21 de dezembro, desejamos do fundo de nossa alma que você abra o seu coração e vibre o mais puro amor para si, para os seus e para o mundo todo, pois estamos vivenciando algo incrível nesse momento.

Estamos participando nada
mais nada menos do que o nascimento de um novo mundo, e juntos atravessaremos o grande amanhecer da Era de Ouro, A Era da Luz, A Era do Compartilhamento e do Amor Incondicional. Somos muito mais teimosos do que otimistas, somos muito mais apaixonados do que meros românticos somos todos muito mais do que isso, somos seres humanos com uma vontade imensa de viver num mundo de verdades e esquecer de uma vez por todas esse mundo medíocre e hipócrita que inventaram e nos fizeram acreditar ser o mundo real. Sinto uma alegria imensa em meu coração a espera dessa grande passagem.

Desejamos a todos os integrantes desse grupo que neste dia 21 não deem atenção aos programas catastróficos, ao medo, a desesperança e ao desamparado espiritual. Esqueçam-se do mal de uma vez por todas e imediatamente ele também esquecerá de vocês. O mal só existe e manipula a sua vida, se você continuar mantendo-o vivo dentro de você. Então, esqueça-se do mal e deixe o bem entrar, esqueça o desamor e permita que o amor invada a sua vida com toda a força transformadora que ele possui. Acredite, quando você permite que ele faça parte da sua vida, os milagres automaticamente começam a se manifestar em seu dia a dia.

Nesse dia 21 de dezembro, você não precisa participar de grandes rituais espirituais para adentrar em qualquer sistema mais evoluído de consciência. Você pode estar sozinho, acompanhado, se divertindo, descansando ou até mesmo tomando uma xícara de chá e escutando uma música, não importa aonde esteja, se é o lugar mais luxuoso do mundo ou no lugar mais simples. não importa com que quem esteja, se tomando champanhe com pessoas ricas e famosas ou se sentado na calçada escutando incríveis estórias de um morador de rua e compartilhando um pacote de bolacha. Nada disso importa realmente, o que importa é estar em paz consigo mesmo (a) e vibrando o amor em seu coração. Pois é isso que a alma do mundo espera de você nesse dia 21 de dezembro de 2012. Amigos e amigas, o fim não pode existir, porque só a vida eterna é que existe.

Sejam bem vindos a Era de Ouro e que a partir do início do ano de 2013 todos os seus sonhos e desejos se manifestem em glória nessa Terra. Esse é o nosso desejo. Sejam Bem vindos ao novo mundo!

Assim seja e assim será!"

Texto de Carlos Torres
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Natal e a Visão Espírita

A data tão conhecida no mundo inteira está chegando e de repente vem aquela dúvida... Qual a origem real de tal comemoração? E o que o Espiritismo tem a nos dizer sobre isso? Essa e outras perguntas serão esclarecidas.

Texto de Cláudio Farjado


Embora associemos o Natal ao nascimento de Jesus, a tradição da festividade remonta a milênios. As origens do natal vêm desde dois mil anos antes de Cristo. Tudo começou com um antigo festival mesopotâmico que simbolizava a passagem de um ano para o outro, o Zagmuk. Para os mesopotâmicos, o Ano Novo representava uma grande crise. Devido à chegada do inverno, eles acreditavam que os monstros do caos enfureciam-se e Marduk, seu principal deus, precisava derrotá-los para preservar a continuidade da vida na Terra. O festival de Ano Novo, que durava 12 dias, era realizado para ajudar Marduk em sua batalha. 

A mesopotâmia inspirou a cultura de muitos povos, como a dos gregos, que assimilaram as raízes do festival, celebrando a luta de Zeus contra o titã Cronos. Mais tarde, por intermédio da Grécia, costume alcançou os romanos, sendo absorvido pelo festival chamado Saturnalia, pois era em homenagem a Saturno. A festa começava no dia 17 de dezembro e ia até o 1º de janeiro, comemorando o solstício do inverno. De acordo com seus cálculos, o dia 25 era a data em que o Sol se encontrava mais fraco, porém pronto para recomeçar seu crescimento e espalhar vida por toda a Terra.

Durante a data, que acabou conhecida como o Dia do Nascimento do Sol Invicto, as escolas eram fechadas e ninguém trabalhava. Eram realizadas festas nas ruas, grandes jantares eram oferecidos aos amigos, e árvores verdes – ornamentados por muitas velas – enfeitavam as salas para espantar os maus espíritos da escuridão. Os mesmos objetos eram usados para presentear uns aos outros.

Depois de Cristo

Nos primeiros anos do Cristianismo, a Páscoa era o feriado principal. O nascimento de Jesus não era celebrado.

No século IV, a Igreja decidiu instituir o nascimento de Jesus com um feriado. Mas havia um problema: a Bíblia não menciona a data de seu nascimento. Então, apesar de algumas evidências sugerirem que o nascimento de Jesus ocorreu na primavera, o Papa Júlio I escolheu 25 de dezembro. Alguns estudiosos acreditam que esta data foi adotada num esforço de absorver as tradições pagãs da Saturnalia.

A maior parte dos historiadores afirma que o primeiro Natal, como conhecemos hoje, foi celebrado no ano 336 d.C. A troca de presentes passou a simbolizar as ofertas feitas pelos três reis magos ao menino Jesus, assim como outros rituais também foram adaptados.

Hoje, as Igrejas Ortodoxas grega e russa, celebram o Natal no dia 6 de janeiro, também referido como o “Dia dos Três Reis”, que seria o dia em que os três magos teriam encontrado Jesus na manjedoura.

Data Provável do Natal

Lemos no Evangelho de Lucas: “E aconteceu, naqueles dias, que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse. Este primeiro alistamento foi feito sendo Quirino governador da Síria.” César Augusto reinou de 30 a.C a 14 d.C.

Mas o censo ocorreu em 6 d.C., o que permite ver que a determinação da data está historicamente imprecisa. Há, no entanto, uma tradução proposta, segundo a Bíblia de Jerusalém: “Esse recenseamento foi anterior àquele realizado quando Quirino era governador da Síria.”

Jesus nasceu antes da morte de Herodes, morte esta que aconteceu em 4 a.C., provavelmente entre 8 e 6 a.C. A chamada Era Cristã foi estabelecida por Dionísio, o pequeno, apenas no século 6 e é fruto de um erro de cálculo.

Quando Jesus iniciou o seu ministério ele tinha provavelmente 33 anos, ou até 36. E Dionísio, o pequeno, considerou como se ele tivesse 30 anos, embora Lucas (3:23) fale em “mais ou menos 30 anos”.

Neste ponto a revelação espírita pode, como em tantos outros, contribuir com os historiadores.

Humberto de Campos, em mensagem psicografia por Chico Xavier e publicada em Crônicas de Além-túmulo, aponta o ano 749 da era romana como sendo o ano do nascimento de Jesus, o que corresponderia ao ano 5 a.C.

Do mesmo modo, Emmanuel informa-nos em Há 2000 Anos que o ano da crucificação de Jesus foi o 33 a.C. Sendo assim, portanto, Jesus iniciou o seu ministério com 35 anos e desencarnou com 38.

Um Significado Espiritual
Diz, então, a sequência do Evangelho de Lucas: “E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. E subiu da Galiléia também José, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi chamada Belém (porque era da casa e família de Davi)” 

Belém situa-se a 6 quilômetros de Jerusalém e a 800 metros de altitude, nos montes da Judéia. Por isso a expressão “subiu da Galiléia à Judéia”.

Buscando o sentido espiritual do Evangelho, podemos entender Nazaré como sendo nossas vivências na área da razão. É o racional que hoje, no dia a dia, fala mais alto em nossos procedimentos.

Belém seria assim, a representação de nosso encaminhamento levando em conta o sentimento equilibrado, a intuição, ou o amadurecimento da própria razão pelo equilíbrio desta, através da vivência, com o emocional.

O nascimento de Jesus em Belém significaria, assim, o início de uma nova era em que a justiça se converte em amor, e o racional é espiritualizado através de seu perfeito equilíbrio com o emocional.

Historicamente, não há certeza sobre Jesus ter nascido em Belém ou Nazaré. O que realmente importa, porém, é apropriarmos de seu sentido reeducativo, é saber que, para que o Cristo nasça em nossa intimidade é necessário agir equilibrando sentimento e razão, intelecto e moral, conhecimento e aplicação. Pois, se no plano horizontal necessitamos da ciência em nossas movimentações cotidianas, para verticalizarmos nossas conquistas não podemos prescindir de uma moral elevada consoante os ensinamentos contidos no Evangelho.

Para que o Cristo nascesse, Maria e José tiveram que subir da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi chamada Belém, significando assim a necessidade de subirmos espiritualmente para refletirmos o Cristo em toda sua grandeza.

Prossegue a Narrativa

O Evangelho de Lucas nos conta, então, que “a fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida. E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos e deitou-se numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.”

Jesus vem à luz por meio de Maria. Assim narra o evangelista: “E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria.”

“Virgem” aqui se refere a núbil (mulher em idade para se casar), ou mulher jovem que, em hebraico é almah, Era um termo usado quando se referia a uma donzela ou jovem casada recentemente, não havendo nenhuma referência em particular à virgindade como entendemos hoje.

Gabriel, então, disse: “E eis que em teu ventre conceberás, e dará à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.” Maria estava preparada, por isso pôde conceber Jesus em seu ventre, isto é, dentro de si.

E nós, o que estamos cultivando, o que estamos construindo dentro de nós mesmos? Quando estaremos preparados para trazer à luz o Cristo imanente em nós? Aquele que, segundo o texto evangélico, “será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim.”

No entanto, Maria indaga: “Como se fará isso, visto que não conheço varão?” E respondendo o anjo, disse-lhe: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.”

A outra possível tradução para “Espírito Santo” é “sopro sagrado”, dando a entender a presença de Deus em nós quando a Ele estamos ajustados. Àquele tempo a presença de Deus (IHVH) era manifesta por uma nuvem, por isso o uso da expressão “cobrirá com sua sombra”

Nasce a Virtude nos Corações


A descida do “sopro sagrado” representa bem o momento de fecundação da virtude em nós. O valor vem do alto por meio da revelação superior, necessitando ser por nós absorvido e vivenciado para fixação, que se dá com o nascimento do novo ser em que nos transformamos a partir de então. Por isso, o Cristo é sempre fecundado pelo Espírito Santo.

“Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.” Perfeitamente justada aos Desígnios Superiores, Maria se entrega totalmente a eles. É aquele momento em que há perfeito entendimento do mecanismo da vida, quando o Espírito sabe que o mais importante é atender a Vontade do Pai e, então cumpre-a fielmente. É a liberdade-obediência. Encontramos assim em Maria as três qualidades básicas para que o Cristo possa nascer: confiança, consciência e obediência sintetizadas na fé.

Mais Lições a Serem Aprendidas

Jesus envolvido em panos nos ensina a lição de simplicidade: enquanto nos preocupamos tanto com os acessórios em nossa vida do dia-a-dia, os Espíritos superiores ocupam-se com o que verdadeiramente é importante para a vida imortal.

A manjedoura é o tabuleiro em que se deposita comida para vacas, cavalos etc. em estábulos. Segundo Emmanuel em A Caminho da Luz, “a manjedoura assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a dizer que a humildade representa a chave de todas as virtudes.”

Por meio de Jesus colocado em um tabuleiro como alimento para animais, o Evangelho ensina-nos que, se quisermos deixar a condição de animalidade em favor de uma espiritualidade mais autêntica, é preciso que tenhamos o Cristo, ou a Boa Nova, por ele proposta, como alimento definitivo de nossas almas. Condição esta confirmada por ele mesmo quando mais adiante nos afirma: “Eu sou o pão da vida.” Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra.

Outra lição encontrada é a da resignação, “por que não havia lugar para eles na estalagem“. É muito comum este fato, quando nos ajustamos aos desígnios superiores e agimos em favor do amor e da fraternidade, não há para nós lugar onde se instala o interesse imediatista do mundo material.

A Visita dos Magos


Narrada no Evangelho de Mateus, a visita dos magos e suas dádivas originaram as tradições de presentes no Natal. No entanto, dádivas seriam doações espontâneas de algo valioso, material ou não, a alguém; presente, oferta, mimo, brinde. Não é o que acontece atualmente no Natal.

Os presentes nem sempre são espontâneos, mas fruto de interesses outros. O que não tem valor material não é bem aceito como presente, mostrando assim a faixa de interesses a que estamos ajustados. A expressão “seus tesouros” que se refere aos presentes ofertados, dá a entender que estes já lhes pertenciam, ou seja, que já tinham sido por eles conquistados. Então deveríamos dar valores que já são nossos, nossas conquistas individuais, de nós mesmos e espontaneamente.

Os presentes também contêm significados. O ouro refere-se à autoridade sobre as coisas materiais; o incenso, à autoridade sobre as questões espirituais. A mirra é uma planta de cuja casca sai uma resina aromática. De aroma agradável e gosto amargo, na Antiguidade, segundo o Dicionário Houaiss, ela era usada como incenso e remédio.

Pode revelar, desta forma, dois significados. Foi dado a Jesus o poder sobre as enfermidades: “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si…“, diz Isaias, 53:4. E representa também a necessidade do testemunho (”gosto amargo”), testemunho este que dá o poder e autoridade sobre as enfermidades e sobre as questões materiais e espirituais.

O Personagem Principal


Se historicamente não podemos precisar com certeza onde e quando se deu a noite do nascimento de nosso Mestre Maior, é certo que ela aconteceu. Emmanuel assim a descreve em A Caminho da Luz: “Harmonias divinas cantavam um hino de sublimadas esperanças no coração dos homens e da Natureza. A manjedoura é o teatro de todas as glorificações da luz e da humildade, e, enquanto alvorecia uma nova era para o globo terrestre, nunca mais se esqueceria o Natal, a ‘noite silenciosa, noite santa‘”.

Como já dissemos, o nascimento de Jesus representa o início de uma nova era em que a justiça se converte em amor, e a fraternidade pura, através de sua exemplificação, meta a ser alicerçada em nossos corações. Antes era o homem biológico, depois, o homem espiritual.

Na festa que preparamos ao final de cada ano, Jesus deveria ser personagem principal. Assim também, como devemos nos preparar para ela, qual a melhor vestimenta a usar?

Aqui deixamos duas passagens evangélicas para refletirmos sobre estes temas: uma de Mateus: “Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-me de comer, tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então, os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E, quando te vimos estrangeiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E, quando te vimos enfermo ou na prisão e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.”

Que façamos em nome do Cristo um Natal diferente. Que saiamos de nós mesmos, de nossos caprichos e desejos pueris, buscando atender as necessidades de nossos semelhantes mais carentes. Reclamamos do “pouco” que temos, mas quão muito é esse pouco se comparado ao enorme percentual da humanidade que muito menos tem, chegando a faltar até o básico necessário? Lembremos destas palavras: “Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes…”

Na outra passagem de Mateus, lemos: “E, quanto ao vestuário, porque andais solícitos? Olhai para os lírios do campo…” Para que possamos estar vestidos com a “túnica nupcial” é preciso estarmos ajustados ao fluxo da vida que é a Lei Superior, que é Amor. Os lírios “não trabalham e nem fiam”, mas cumprem a sua missão de enfeitar mesmo tendo nascido em condições adversas (brejo, lodo etc.).

Ao dizer que nem mesmo o Rei Salomão em toda a sua exuberância se vestiu como qualquer deles, a beleza que Jesus observa é a que vem de dentro, aquela gerada pela consciência tranquila do dever cumprido e do ajuste aos Propósitos Superiores.

Nada dá mais segurança e firmeza do que o Evangelho vivenciado. Assim, firmemo-nos em seus ensinamentos de moral superior e estaremos preparados para que o Cristo nasça em nós, e pelos frutos de nossas ações também possamos ser chamados de Filhos do Altíssimo ou Filho de Deus, por quem quer que seja.
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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Como a doutrina espírita contribui para o fim do preconceito?

A doutrina espírita contribui com a extinção dos preconceitos esclarecendo que a Lei Divina determinará implacavelmente que reencarnemos entre aqueles que discriminamos.
Há inúmeros relatos em obras mediúnicas, dando-nos notícias de fazendeiros que judiavam dos negros. Devido a isso, retornaram como escravos africanos.

Anti-semitas voltam como judeus para sentir na própria pele o que é esse preconceito.
Da mesma forma, judeus convictos de que pertencem a uma raça superior, escolhidos por 
Deus, ressurgem no seio dos povos que julgam inferiores.

Aprendemos com Jesus que o amor ao próximo equivale a amar a Deus.
Isso significa que é absolutamente impossível reverenciar o Criador discriminando suas criaturas.

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20/11 - Dia da Consciência Negra

Acredito que esta data deverá ser lembrada até que o respeito fique por cima da ignorância, para que a paz entre os povos seja concretizada. 

Esta data, aliás, deveria ser lembrada não só no Brasil, mas em todo o mundo. 

A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Apesar da várias dúvidas levantadas quanto ao caráter de Zumbi nos últimos anos (comprovou-se, por exemplo, que ele tinha escravos particulares). 

Esta data procura lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro (1594). Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. 

Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade. Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc. 

A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. 

É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira. Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. 

O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura – comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a "generosidade" da princesa Isabel, ou seja, ser uma celebração da atitude de uma branca. Eles queriam um líder negro na história. 

Pergunta-se: Rejeitar a "generosidade" de uma branca não é preconceito por parte dos negros em relação aos brancos? Quem não quer ser discriminado, não deve discriminar. Senão, esta rivalidade não acabará nunca.
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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Benjamin Franklin

"Achar que o mundo não tem um criador é o mesmo que afirmar que um dicionário é o resultado de uma explosão numa tipografia."


Para quem não sabe, Benjamin Franklin (Boston, 17 de janeiro de 1706Filadélfia, 17 de abril de 1790) foi um jornalista, editor, autor, filantropo,abolicionista, funcionário público, cientista, diplomata, inventor e enxadrista estadunidense.

Foi um dos líderes da Revolução Americana, conhecido por suas citações e experiências com a eletricidade.

Religioso, calvinista, e uma figura representativa do iluminismo. Correspondeu-se com membros da sociedade lunar e foi eleito membro da Royal Society. Em 1771, Franklin tornou-se o primeiro Postmaster General (ministro dos correios) dos Estados Unidos.
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domingo, 14 de outubro de 2012

A Lenda do Dilúvio

Trecho do livro - "Visão Espírita da Bíblia"

A lenda do dilúvio, que encontramos em Gênesis: VII e VIII, é uma dessas passagens bíblicas que só podem ser tomadas ao pé da letra pelo fanatismo e a ignorância. Pouco importa que durante séculos as religiões cristãs, com seus doutores e sacerdotes, tenham sustentado a realidade literal dessa lenda. A verdade histórica é apenas esta: a lenda do dilúvio corresponde a um dos arquétipos mentais atualmente estudados pela psicologia profunda. Os estudos de Carl Jung a respeito são bastante esclarecedores. Mas o arquétipo coletivo, que corresponde no plano social aos complexos psicanalíticos do plano individual, não é uma abstração. Pelo contrário, é uma realidade psíquica enraizada nos fatos concretos. 

O dilúvio bíblico, por isso mesmo, tem duas faces: uma é a realidade histórica, a ocorrência real da catástrofe; outra é a interpretação alegórica, enraizada no arquétipo coletivo e que o texto sagrado oferece. O Livro dos Espíritos explica o problema do dilúvio através dessas duas faces, a real e a lendária. É o que vemos no seu item 59, nas "Considerações e Concordância Bíblicas referentes à Criação" , que se podem resumir nestas palavras: "O dilúvio de Noé foi uma catástrofe parcial, que se tomou pelo cataclismo geológico". Aliás, essa afirmação de Kardec foi posteriormente confirmada pelas investigações científicas. 

O arqueólogo inglês sir Charles Leonardo Wooley descobriu ao norte de Basora, próximo ao Golfo Pérsico, ao dirigir as escavações para a descoberta dos restos da cidade de Ur, as camadas de lama do dilúvio mencionada na Bíblia. Pesquisas posteriores completaram a descoberta. O dilúvio parcial do delta dos rios Tigre e Eufrates é hoje uma realidade atestada pela Ciência. Foi esse dilúvio, ou seja, uma inundação parcial, que serviu de motivo histórico para a lenda bíblica. 

Como acentua Kardec, nada perdeu com isso a Bíblia, nem a Religião. Mas ambas são diminuídas quando o fanatismo insiste em defender um absurdo, quando teima em dizer que Deus afogou o mundo nas águas de uma chuva de quarenta dias e fez Noé salvar-se, com a própria família e as privilegiadas famílias dos animais de cada espécie existente, para que a vida pudesse continuar na Terra. Sustentar como realidade histórica a figuração ingênua de uma lenda, conferindo-lhe ainda autoridade divina, é ridicularizar o sentimento religioso e minar as bases da concepção espiritual do mundo. Foi esse processo infeliz de ridicularização que levou o nosso tempo ao materialismo e à descrença que hoje o dominam. 

Que diriam os fanáticos da "palavra de Deus" ao saberem que o dilúvio bíblico tem por antecessores o dilúvio babilônico de Gilgamesch, historicamente chamado de "o Noé babilônico", e o dilúvio grego de Deucalião? O Espiritismo esclarece esse problema, mostrando que o "arquétipo coletivo" do dilúvio é responsável pelo seu aparecimento em diversos capítulos da História das Religiões, e até mesmo na pré-História, entre os povos selvagens.

É esse um dos pontos mais curiosos da psicologia das Religiões. (...) Curioso notar que Deucalião, o Noé grego, e Pirra, sua mulher, tiveram três filhos, como aconteceu com Adão e Eva e depois com Noé. Em todas essas coincidências comprova-se a origem mitológica e a presença dos arquétipos coletivos nas passagens supostamente históricas da Bíblia. Querer sustentar a realidade desses fenômenos ingênuos e impô-los ao povo como verdades divinas é querer confundir religião com superstição. 

O Espiritismo prefere esclarecer esses problemas à luz da razão. (...) Tudo nos mostra, numa análise cultural da Bíblia, que ela deve ser interpretada na perspectiva das civilizações agrárias, a que realmente pertence. A lenda do dilúvio, que é também um mito agrário e ocupa todo o espaço dos capítulo 6 a 10 da Gênesis, confirma plenamente o caráter local e racial do livro que as igrejas cristãs consideram como "palavra de Deus". As civilizações agrárias, como acentuou Durkheim a respeito das cidades gregas, explicam-se pela Cosmossociologia. O cosmos participa das estruturas sociais, pois o homem está profundamente ligado à Natureza, entranhado na Terra. Por isso vemos, no dilúvio bíblico, Deus falando a Noé, este procurando embarcar todos os seres vivos na arca e servindo-se, depois, do corvo e da pomba para saber se o dilúvio acabara. 

Deus, homens e animais convivem e se entendem. Não existe uma sociedade, mas uma cosmossociedade. A própria duração do dilúvio (quarenta dias) obedece a ritmos naturais, como o das estações, dos períodos lunares, das enchentes, dos períodos críticos da vida humana ou mesmo da gestação de animais ou do desenvolvimento dos vegetais. Noé solta um corvo da arca para saber se o dilúvio acabara; a seguir, uma pomba; sete dias depois (o número sete é também significativo) solta de novo a pomba e recolhe de volta com as mãos (símbolo carinhoso da relação homem-animal). Todos esses pormenores são encontrados nas lendas do dilúvio referentes a vários povos antigos da Ásia, da Europa e da América, entre os quais os índios brasileiros. 

Entre os índios do México e da Nova Califórnia, por exemplo, Noé se chama Coxcox e a pomba é substituída pelo colibri. Todos os Noés, seja o mesopotâmico, o grego, o mexicano, o celta (que se chamava Dwyfan e sua mulher Dwyfach), são avisados por Deus (naturalmente o Deus de cada um desses povos) que estava irritado com a corrupção do gênero humano e manda o seu escolhido construir uma arca. Só mesmo uma ingenuidade excessiva poderia fazer-nos aceitar o relato público do dilúvio como uma realidade histórica ou divina. A lenda bíblica do dilúvio corresponde a um mito dessa fase bem conhecida da História dos povos antigos, que é a fase mitológica. Sua realidade não é histórica nem divina: é simplesmente alegórica. O dilúvio é uma lenda que corresponde a um passado mitológico, comum a todos os povos.
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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Matéria Especial: Quem foram os Exilados de Capela?

Dentre os vários contingentes de exilados trazidos para o planeta Terra, o caso mais vivo em nossa memória espiritual, talvez por ter sido o mais recente, é o dos exilados provenientes do sistema de Capela.  

Conforme nos relata Ramatis em "Mensagens do Astral", obra psicografada por Hercílio Maes, "...temos à disposição em nosso mundo, literatura mediúnica que cita muitos casos de espíritos expulsos de outros orbes para a Terra, em fases de seleção entre o "trigo e o joio" ou entre os "lobos e as ovelhas", fases essas pelas quais tereis em breve de passar, para higienização do vosso ambiente degradado.

Entre os muitos casos de exílio que vosso mundo tem acolhido, ocorreram diversos casos isoladamente (em pequenos contingentes), e bem como emigrações em massa, como a proveniente do sistema de Capela, as quais constituíram no vosso mundo as civilizações dos chineses, hindus, hebraicos e egípcios, e ainda o tronco formativo dos árias. Esse o motivo por que, ao mesmo tempo em que floresciam civilizações faustosas e se revelavam elevados conhecimentos de ciência e arte, desenvolvidos pelos exilados, os espíritos originais da Terra mourejavam sob o primitivismo de tribos acanhadas.

Ombreando com o barro amassado, das cabanas rudimentares do homem terrícola, foram-se erguendo palácios, templos e túmulos faustosos, comprovando um conhecimento e poder evocado pelos exilados de outros planetas."

"No vosso mundo, esses enxotados de um paraíso planetário constituíram o tronco dos árias, descendendo dele os celtas, latinos, gregos e alguns ramos eslavos e germânicos; outros formaram a civilização épica dos hindus, predominando o gênero de castas que identificava a soberbia e o orgulho de um tipo psicológico exilado. As mentalidades mais avançadas constituíram a civilização egípcia, retratando na pedra viva a sua "Bíblia" suntuosa, enquanto a safra dos remanescentes, inquietos, indolentes e egocêntricos, no orbe original, fixou-se na Terra na figura do povo de Israel.

Certa parte desses exilados propendeu para os primórdios da civilização chinesa, onde retrataram os exóticos costumes das corporações frias, impiedosas e impassivas do astral inferior, muito conhecidas como os "dragões" e as "serpentes vermelhas".

Segundo Edgar Armond na obra "Os Exilados da Capela", "esta humanidade atual foi constituída, em seus primórdios, por duas categorias de homens, a saber: uma retardada, que veio evoluindo lentamente através das formas rudimentares da vida terrena, pela seleção natural das espécies, ascendendo trabalhosamente da inconsciência para o Instinto e deste para a Razão; homens, vamos dizer autóctones, componentes das raças primitivas das quais os "primatas" foram o tipo anterior melhor definido; e outra categoria, composta de seres exilados da Capela, o belo orbe da constelação do Cocheiro a que já nos referimos, outro dos inumeráveis sistemas planetários que formam a portentosa, inconcebível e infinita criação universal."

"Esses milhões de ádvenas para aqui transferidos, eram detentores de conhecimentos mais amplos, e de entendimento mais dilatado, em relação aos habitantes da Terra e foi o elemento novo que arrastou a humanidade animalizada daqueles tempos para novos campos de atividade construtiva, para o aconchego da vida social e, sobretudo, deu-lhe as primeiras noções de espiritualidade e do conhecimento de uma divindade criadora."

"Essa permuta de populações entre orbes afins de um mesmo sistema sideral, e mesmo de sistemas diferentes, ocorre periodicamente, sucedendo sempre a expurgos de caráter seletivo; como também é fenômeno que se enquadra nas leis gerais da justiça e da sabedoria divinas, porque vem permitir reajustamentos oportunos, retomadas de equilíbrio, harmonia e continuidade de avanços evolutivos para as comunidades de espíritos habitantes dos diferentes mundos."
 
"Por outro lado é a misericórdia divina que se manifesta, possibilitando a reciprocidade do auxílio, a permuta de ajuda e de conforto, o exercício enfim, da fraternidade para todos os seres da criação. Os escolhidos, neste caso, foram os habitantes de Capela que deviam ser dali expurgados por terem se tornado incompatíveis com os altos padrões de vida moral já atingidos pela evoluída humanidade daquele orbe."

"Mestres, condutores e líderes que então se tornaram das tribos primitivas, foram eles, os exilados, que definiram os novos rumos que a civilização tomou, conquanto sem completo êxito."

Vamos prosseguir neste tópico com informações trazidas por Emmanuel em "A Caminho da Luz", obra psicografada por Francisco Cândido Xavier, as quais nos proporcionam uma rápida idéia de como e em que regiões do planeta foram organizados os exilados provenientes de Capela.

O Sistema de Capela


Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se desenhada uma grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros que nos são mais vizinhos, Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e, se este fosse colocado em seu lugar, mal seria percebido por nós, à vista desarmada.

Na abóbada celeste está situada no hemisfério boreal, limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e Lince; e quanto ao Zodíaco, sua posição é entre Gêminis, Perseu e Tauro. Na sua trajetória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias do Ilimitado. A sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra, considerando-se, desse modo, a regular distância existente entre Capela e o nosso planeta, já que a luz percorre o espaço com a velocidade aproximada de 300.000 quilômetros por segundo.

Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as condições de atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras pré-históricas de sua existência, marcham uns contra os outros ao som de hinos guerreiros, desconhecendo os mais comezinhos princípios de fraternidade e pouco realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade, do seu infeliz orgulho.

Um Mundo em Transições

Há muitos milênios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX, neste crepúsculo de civilização.

Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos.

As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.

Espíritos Exilados na Terra


Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes.

Com a sua palavra sábia e compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas. Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e a sua vinda no porvir.

Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio de raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos sofrimentos distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz da Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa misericórdia. 

A Civilização Egípcia

Dentre os Espíritos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacaram na prática do Bem e no culto da Verdade.

Aliás, importa considerar que eram eles os que menos débitos possuíam perante o tribunal da Justiça Divina. Em razão dos seus elevados patrimônios morais, guardavam no íntimo uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante. Um único desejo os animava, que era trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates (deuses do lar entre os romanos e etruscos - Derivação:sentido figurado. casas paternas; lares, famílias) resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações religiosas.

Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta. Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.

A Ciência Secreta

Em virtude das circunstâncias mencionadas, os egípcios traziam consigo uma ciência que a evolução não comportava.

Aqueles grandes mestres da antiguidade foram, então, compelidos a recolher o acervo de suas tradições e de suas lembranças no ambiente reservado dos templos, mediante os mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus mistérios. Os conhecimentos profundos ficaram circunscritos ao círculo dos mais graduados sacerdotes da época, observando-se o máximo cuidado no problema da iniciação.

A própria Grécia, que aí buscou a alma de suas concepções cheias de poesia e beleza, através da iniciativa dos seus filhos mais eminentes, no passado longínquo, não recebeu toda a verdade das ciências misteriosas. Tanto é assim, que as iniciações no Egito se revestiam de experiências terríveis para o candidato à ciência da vida e da morte - fatos esses que, entre os gregos eram motivos de festas inesquecíveis.

Os sábios egípcios conheciam perfeitamente a inoportunidade das grandes revelações espirituais naquela fase do progresso terrestre; chegando de um mundo de cujas lutas, na oficina do aperfeiçoamento, haviam guardado as mais vivas recordações, os sacerdotes mais eminentes conheciam o roteiro que a Humanidade terrestre teria de realizar. Aí residem os mistérios iniciáticos e a essencial importância que lhes era atribuída no ambiente dos sábios daquele tempo.

O Politeísmo Simbólico

Nos círculos esotéricos, onde pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então, sabia-se da existência do Deus Único e Absoluto, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres, mas os sacerdotes conheciam, igualmente, a função dos Espíritos prepostos de Jesus, na execução de todas as leis físicas e sociais da existência planetária, em virtude das suas experiências pregressas.

Desse ambiente reservado de ensinamentos ocultos, partiu, então, a idéia politeísta dos numerosos deuses, que seriam os senhores da Terra e do Céu, do Homem e da Natureza. As massas requeriam esse politeísmo simbólico, nas grandes festividades exteriores da religião. Já os sacerdotes da época conheciam essa franqueza das almas jovens, de todos os tempos, satisfazendo-as com as expressões exotéricas de suas lições sublimadas.

Dessa idéia de homenagear as forças invisíveis que controlam os fenômenos naturais, classificando-as para o espírito das massas, na categoria dos deuses, é que nasceu a mitologia da Grécia, ao perfume das árvores e ao som das flautas dos pastores, em contato permanente com a Natureza.

O Culto da Morte e a Metempsicose

Um dos traços essenciais desse grande povo foi a preocupação insistente e constante da Morte. A sua vida era apenas um esforço para bem morrer. Seus papiros e afrescos estão cheios dos consoladores mistérios do além-túmulo.

Era natural. O grande povo dos faraós guardava a reminiscência do seu doloroso degredo na face obscura do mundo terreno. E tanto lhe doía semelhante humilhação, que, na lembrança do pretérito, criou a teoria da metempsicose, acreditando que a alma de um homem podia regressar ao corpo de um irracional, por determinação punitiva dos deuses. a metempsicose era o fruto da sua amarga impressão, a respeito do exílio penoso que lhe fora infligido no ambiente terrestre.

Inventou-se, desse modo, uma série de rituais e cerimônias para solenizar o regresso dos seus irmãos à pátria espiritual. Os mistérios de Ísis e Osíris mais não eram que símbolos das forças espirituais que presidem aos fenômenos da morte.

Os Egípcios e as Ciências psíquicas

As ciências psíquicas da atualidade eram familiares aos magnos sacerdotes dos templos. O destino e a comunicação dos mortos e a pluralidade das existências e dos mundos eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos. O estudo de suas artes pictóricas positivam a veracidade destas nossas afirmações. Num grande número de afrescos, apresenta-se o homem terrestre acompanhado do seu duplo espiritual.
 
Os papiros nos falam de suas avançadas ciências nesse sentido, e, através deles, podem os egiptólogos modernos reconhecer que os iniciados sabiam da existência do corpo espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas. Seus conhecimentos, a respeito das energias solares com relação ao magnetismo humano, eram muito superiores aos da atualidade. Desses conhecimentos nasceram os processo de mumificação dos corpos, cujas fórmulas se perderam na indiferença e na inquietação dos outros povos.

Seus reis estavam tocados do mais alto grau de iniciação enfeixando nas mãos todos os poderes espirituais e todos os conhecimentos sagrados. É por isso que a sua desencarnação provocava a concentração mágica de todas as vontades, no sentido de cercar-lhes o túmulo de veneração e de supremo respeito. Esse amor não se traduzia, apenas, nos atos solenes da mumificação. Também o ambiente dos túmulos era santificado por estranho magnetismo. Os grandes diretores da raça, que faziam jus a semelhantes consagrações, eram considerados dignos de toda a paz no silêncio da morte.

As Pirâmides

A assistência carinhosa do Cristo não desamparou a marcha desse povo cheio de nobreza moral. Enviou-lhe auxiliares e mensageiros, inspirando-o nas suas realizações, que atravessaram todos os tempos provocando a admiração e o respeito da posteridade de todos os séculos.

Aquelas almas exiladas, que as mais interessantes características espirituais singularizam, conheceram, em tempo, que o seu degredo na Terra atingira o fim. Impulsionados pelas forças do Alto, os círculos iniciáticos sugerem a construção das grandes pirâmides, que ficariam como a sua mensagem eterna para as futuras civilizações do orbe. Esses grandiosos monumentos teriam duas finalidades simultâneas: representariam os mais sagrados templos de estudos e iniciação, ao mesmo tempo em que constituiriam, para os pósteros (que ainda vai acontecer; futuro - a geração ou as gerações que vêm depois da de quem fala ou escreve) um livro do passado, com as mais singulares profecias em face das obscuridade do porvir.

Levantaram-se, dessarte (advérbio - destarte - assim, desta maneira; dessarte) as grandes construções que assombraram a engenharia de todos os tempos. Todavia, não é o colosso de seus milhões de toneladas de pedra nem o esforço hercúleo do trabalho de sua justaposição o que mais empolga e impressiona a quantos contemplam esses monumentos. As pirâmides revelam os mais extraordinários conhecimentos daquele conjunto de Espíritos estudiosos das verdades da vida. A par desses conhecimentos, encontram-se ali os roteiros futuros da Humanidade terrestre.

Cada medida tem a sua expressão simbólica, relativamente ao sistema cosmogônico (relativo ou pertencente a cosmogonia; cosmogenético - conjunto de teorias que propõe uma explicação para o aparecimento e formação do sistema solar) do planeta e à sua posição no sistema solar. Ali está o meridiano ideal, que atravessa mais continentes e menos oceanos, e através do qual se pode calcular a extensão das terras habitáveis pelo homem, a distância aproximada entre o Sol e a Terra, a longitude percorrida pelo globo terrestre sobre a sua órbita no espaço de um dia, a precessão dos equinócios, bem como muitas outras conquistas científicas que somente agora vêm sendo consolidadas pela moderna astronomia.

Redenção

Depois dessa edificação extraordinária, os grandes iniciados do Egito voltam ao plano espiritual, no curso incessante dos séculos. Com seu regresso aos mundos ditosos da Capela, vão desaparecendo os conhecimentos sagrados dos templos tebanos, que, por sua vez, os receberam dos grandes sacerdotes de Mênfis.

Aos mistérios de Ísis e de Osíris, sucedem-se os de Elêusis, naturalmente transformados nas iniciações da Grécia antiga.

Em algumas centenas de anos, reuniram-se de novo, nos planos espirituais, os antigos degredados, com a sagrada bênção do Cristo, seu patrono e salvador. A maioria regressa, então, ao sistema da Capela, onde os corações se reconfortam nos sagrados reencontros das suas afeições mais santas e mais puras, mas grande número desses Espíritos, estudiosos e abnegados, conservou-se nas hostes de Jesus, obedecendo a sagrados imperativos do sentimento e, ao seu influxo divino, muitas vezes têm reencarnado na Terra, para desempenho de generosas e abençoadas missões.

A Índia

Dos Espíritos degredados no ambiente da Terra, os que se agruparam nas margens do Ganges foram os primeiros a formar os pródromos (Uso: formal: o que antecede a (algo); precursor, prenúncio, antecedente - Ex.: os p. da revolução - 2 espécie de prefácio; introdução, preâmbulo) de uma sociedade organizada, cujos núcleos representariam a grande percentagem de ascendentes das coletividades do porvir. As organizações hindus são de origem anterior à própria civilização egípcia e antecederam de muito os agrupamentos israelitas (sempre sofreram as conseqüências nefastas do orgulho e do exclusivismo), de onde sairiam mais tarde personalidades notáveis como as de Abraão e Moisés.

As almas exiladas naquela parte do Oriente muito haviam recebido da misericórdia do Cristo, cuja palavra de amor e de cuja figura luminosa guardavam as mais comovedoras recordações, traduzidas na beleza dos Vedas e dos Upanishads. Foram elas as primeiras vozes da filosofia e da religião no mundo terrestre, como provindo de uma raça de profetas, de mestres e iniciados, em cujas tradições iam beber a verdade os homens e os povos do porvir, salientando-se que também as suas escolas de pensamento guardavam os mistérios iniciáticos, com as mais sagradas tradições de respeito.

- O povo hindu não aproveitou como devia as experiências sagradas no orbe terrestre, embora grandes emissários como CRISNA e BUDA tenham sido mandados em sua ajuda - Muitos destes encontram-se ainda hoje em sua jornada de redenção no globo terrestre.

Os Arianos

Era na Índia de então que se reuniam os arianos puros, entre os quais cultivavam-se igualmente as lendas de um mundo perdido, no qual o povo hindu colocava as fontes de sua nobre origem. Alguns acreditavam se tratasse do antigo continente da Lemúria, arrasado em parte pelas águas dos Oceanos Pacífico e Índico.

A realidade, porém, qual já vimos, é que, como os egípcios e os hindus eram um dos ramos da massa de proscritos da Capela, exilados no planeta. Deles descendem todos os povos arianos, que floresceram na Europa e hoje atingem um dos mais agudos períodos de transição na sua marcha evolutiva. O pensamento moderno é o descendente legítimo daquela grande raça de pensadores, que se organizou nas margens do Ganges, desde a aurora dos tempos terrestres, tanto que todas as línguas das raças brancas guardam as mais estreitas afinidades com o sânscrito, originário de sua formação e que constituía uma reminiscência da sua existência pregressa, em outros planos.

Os Mahatmas

Da região do Ganges partiram todos os elementos irresignados com a situação humilhante que o degredo na Terra lhes infligia. As arriscadas aventuras forneceriam uma noção de vida nova e aqueles seres revoltados supunham encontrar o esquecimento de sua posição nas paisagens renovadas dos caminhos; lá ficaram, apenas, as almas resignadas e crentes nos poderes espirituais que as conduziriam de novo às magnificências dos seus paraísos perdidos e distantes.

Os cânticos dos Vedas são bem uma glorificação da fé e da esperança, em face da Majestade Suprema do Senhor do Universo. A faculdade de tolerar, e esperar, aflorou no sentimento coletivo das multidões, que suportaram heroicamente todas as dores e aguardaram o momento sublime da redenção.

Os "mahatmas" (grandes almas) criaram um ambiente de tamanha grandeza espiritual para seu povo, que, ainda hoje, nenhum estrangeiro visita a terra sagrada da Índia sem de lá trazer as mais profundas impressões acerca de sua atmosfera psíquica. Eles deixaram também, ao mundo, as suas mensagens de amor, de esperança e de estoicismo resignado, salientando-se que quase todos os grandes vultos do passado humano, progenitores do pensamento contemporâneo, deles aprenderam as lições mais sublimes.
Irmãos de Órion - Transmigrações Interplanetárias

Segundo pesquisadores, muitos de nós somos esses exilados tentando recuperar o tempo perdido, portanto caminhemos juntos sempre com a intenção de avanço, mas não só para o nosso progresso, mas para o de todas as civilizações.
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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O Ateu

Em certa localidade do interior de Minas Gerais, morava um ateu incorrigível. Era casado com linda e digna mulher e possuía um único filho, que contava 12 anos e se constituía o seu maior tesouro. O ateu, tanto quanto possível, não perdia a oportunidade de revelar seu ateísmo doentio, como que zombando da crença alheia.
Sua prendada esposa o advertia, quase sempre, sem proveito.
Continuava negando Deus, multiplicando seu ouro e adorando seu filho único...
Quando menos esperava, a morte veio, silenciosa, e levou-lhe o filho, entristecendo o coração materno e enchendo de desespero o coração ateu.
Passaram-se dois anos. O ateu, agora, magro e pobre, sem a esposa, que também fora levada para o Além, sentia-se só e doente. A conselho de alguns amigos, batera à porta de vários Templos, até que, numa tarde abençoada, foi ter uma sessão espírita.
Aí começou a receber os primeiros socorros. Seu coração, trabalhando pela dor, perdera as vestes negras da vaidade e do orgulho. E, numa noite, quando mais se mostrava convicto da verdade espírita, o filho incorpora-se num Médium e lhe fala:
- Meu pai, como me sinto feliz em vê-lo aqui! Como demorou a encontrar a grande Estrada! Graças a Deus, que veio! Mas foi preciso que eu e minha mãe pedíssemos muito, a seu favor, para que o Pai do Céu nos atendesse. E vou contar-lhe uma historieta que um de meus Mentores me contou com relação ao nosso caso: Numa aldeia da Índia, vivia um fazendeiro rico, que se especializara na criação e seleção de animais. Possuía grande quantidade de vacas reprodutoras de boa qualidade. Era um homem bom e prestativo. Desejava ajudar a todos os seus irmãos de romagens na Terra. 

E assim, resolveu partilhar sua obra com os seus vizinhos de outra aldeia, que limitava com seus rumos por um pequeno rio. Mandou selecionar alguns bois e uma vaca, que possuía um bezerro único e os enviou aos seus companheiros. Mas, na passagem do rio, todos os bois passaram, menos a vaca e o bezerro... Tudo foi tentado sem proveito. Alguém então alvitrou: amarrem o bezerro e atravessem com ele o rio, que a vaca acompanha-li-à... De fato, a vaca vendo o filho amarrado, berrando, pedindo-lhe socorro, atravessando o rio, não se fez de rogada e também o atravessou...
- Aí está, meu pai, a lição preciosa que a história nos dá: foi preciso que eu fosse também amarrado pela enfermidade e jogado no rio da morte para que o senhor atravessasse o rio do preconceito e viesse até a mim e sentisse, como está sentindo, comigo, a vida verdadeira e, deste modo, iniciasse o resgate de suas faltas! Louvado seja Deus!
Fonte: livro – Lindos Casos de Chico Xavier / Autor: Ramiro Gama – editora Lake

“Não esqueça que Deus é o tema central de nossas vidas”
Espírito André Luiz
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Aquecimento Global e a visão Espírita

"- Qual a relação entre as alterações climáticas e a influência do homem, em seu equilibrio geológico, climático e atmosférico?"

Temos que entender que as reviravoltas de ordem climática não são eventos de caráter absolutamente inédito. No decorrer da história sideral de todos os mundos, ocorrem mudanças, em intervalos de tempo variáveis, mas que fazem parte do desenvolvimento geológico de cada orbe na imensidade. Transformações como as que estão em curso são perfeitamente naturais.
 

Mudanças climáticas, variações das estações, degelamento de polos, inversão da temperatura em alguns lugares são todos fenômenos previstos em diversos instantes da história dos mundos. A singularidade é que, ao homem moderno, pela primeira vez em sua civilização, é dado viver de perto episódios similares 'aqueles que o passado lendário ou pré-histórico conheceu, de maneira mais ou menos grave, mas predominantemente sem a presença do homem. A ignorância das massas sobre o assunto, ou mesmo de autoridades e formadores de opinião ao redor do globo, inclusive sob o ponto de vista histórico, faz com que apareçam ou seja necessário eleger culpados por essas reviravoltas.

Será que a celeuma suscitada pelos movimentos de preservação da natureza pode ter alguma motivação menos evidente? Há componentes políticos e econômicos em jogo, inclusive do lado dos ativistas? Parece correto afirmar que muitos têm feito da ecologia plataforma para se autopromoverem ou promoverem seus produtos e ideologias, e isso ‘a revelia de grande parte dos envolvidos, que não abarcam o panorama integralmente. Do ponto de vista espiritual, de quem observa dos bastidores da vida, grassam manipuladores e manipulados em quase todas as categorias ligadas ao processo: na mídia, entre políticos, cientistas, corporações, ou entre aqueles que realizam uma ingerência oculta, mais ligados a interesses de ordem econômica ou religiosa. Em comum, o fato de procurarem esconder as verdadeiras intenções e os verdadeiros vilões nessa história.

Esperemos que nossos irmãos acordem do grande maia, saiam da matrix, a fim de desvendarem o que está por trás do jogo de cena vendido por alguns e comprado pelas multidões. Que façam o que lhes cabe, sim, sem se privar do papel de agentes de Deus no mundo; porém que passem a atuar com mais conhecimento de causa, sem ingenuidade, de modo que nosso mundo seja melhorado e preservado na qualidade de vida que nos oferece, tanto quanto for possível, para tornar-se a habitação de uma humanidade mais feliz."



Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/eventos-noticias/teorias-da-conspiracao-uma-visao-espirita/#ixzz22lBdlSr1
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O Juízo Final na Visão Espírita

Segundo o Espiritismo, o planeta Terra não terá um fim, como descreve o mito cristão do Juízo Final, mas uma transformação, na época de sua regeneração, em que o nosso planeta atingirá mais uma etapa evolutiva, subindo um degrau a mais na sua evolução material e moral, semelhante à que ocorreu no planeta Capela, há milhares de anos atrás (descrito na matéria de anteontem), e semelhante às etapas de regeneração que ocorrem constantemente nos milhares de outros planetas habitados do Universo.  
Na fase de regeneração do planeta Terra, os seus habitantes que ainda não tiverem atingido o nível de adiantamento moral adequado à sua nova etapa evolutiva, não mais reencarnarão aqui, mas em outros planetas de níveis semelhantes ou inferiores ao do planeta Terra. Isto, porém, não é o fim do mundo, mas o início de uma nova era para o planeta Terra, uma era de mais união, amor, paz e fraternidade entre os seus habitantes. Na nova fase evolutiva da Terra, repito, só reencarnarão nela espíritos mais evoluídos do que a grande maioria dos atuais habitantes dela, os quais serão exilados para outros planetas de nível semelhante ou inferior ao de nosso atual planeta Terra. Nesse sentido, reflitamos agora sobre o Juízo Final, na visão espírita, conforme os lúcidos esclarecimentos fornecidos por Allan Kardec, o codificador da Doutrina dos Espíritos:

Chegado o momento em que, pelo progresso moral de seus habitantes, o globo terráqueo tem de ascender na hierarquia dos mundos, interdito será ele, como morada, a encarnados e desencarnados que não hajam aproveitado os ensinamentos que uns e outros se achavam em condições de aí receber. Serão exilados para mundos inferiores, como o foram outrora para a Terra os da raça adâmica, vindo substituí-los Espíritos melhores. Essa separação é que se acha figurada por estas palavras sobre o juízo final: “Os bons passarão à minha direita e os maus à minha esquerda.”

A doutrina de um juízo final, único e universal, pondo fim para sempre à Humanidade, repugna à razão, por implicar a inatividade de Deus, durante a eternidade que precedeu à eternidade da Terra e durante a eternidade que se seguirá à sua destruição. Que utilidade teriam então o Sol, a Lua e as estrelas que, segundo a Gênese, foram feitos para iluminar o mundo? Causa espanto que tão imensa obra se haja produzido para tão pouco tempo e a benefício de seres votados de antemão, em sua maioria, aos suplícios eternos.

Materialmente, a idéia de um julgamento único seria, até certo ponto, admissível para os que não procuram a razão das coisas, quando se cria que a Humanidade toda se achava concentrada na Terra e que para seus habitantes fora feito tudo o que o Universo contém. É, porém, inadmissível, desde que se sabe que há milhares de milhares de mundos semelhantes, que perpetuam as Humanidades pela eternidade em fora e entre as quais a Terra é dos menos consideráveis, simples ponto imperceptível.

O juízo, pelo processo da emigração, conforme ficou explicado acima, é racional; funda-se na mais rigorosa justiça, visto que conserva para o Espírito, eternamente, o seu livre-arbítrio; não constitui privilégio para ninguém; a todas as suas criaturas, sem exceção alguma, concede Deus igual liberdade de ação para progredirem; o próprio aniquilamento de um mundo, acarretando a destruição do corpo, nenhuma interrupção ocasionará à marcha progressiva do Espírito. Tais as conseqüências da pluralidade dos mundos e da pluralidade das existências.

Segundo essa interpretação, não é exata a qualificação de juízo final, pois que os Espíritos passam por análogas fieiras a cada renovação dos mundos por eles habitados, até que atinjam certo grau de perfeição. Não há, portanto, juízo final propriamente dito, mas juízos gerais em todas as épocas de renovação parcial ou total da população dos mundos, por efeito das quais se operam as grandes emigrações e imigrações de Espíritos. (KARDEC, A Gênese, cap. 17, n. 63- 67)

SOMENTE O PROGRESSO MORAL PODE REGENERAR A HUMANIDADE

O progresso intelectual realizado até ao presente, nas mais largas proporções, constitui um grande passo e marca uma primeira fase no avanço geral da Humanidade; impotente, porém, ele é para regenerá-la. Enquanto o orgulho e o egoísmo o dominarem, o homem se servirá da sua inteligência e dos seus conhecimentos para satisfazer às suas paixões e aos seus interesses pessoais, razão por que os aplica em aperfeiçoar os meios de prejudicar os seus semelhantes e de os destruir.

Somente o progresso moral pode assegurar aos homens a felicidade na Terra, refreando as paixões más; somente esse progresso pode fazer que entre os homens reinem a concórdia, a paz, a fraternidade.

Será ele que deitará por terra as barreiras que separam os povos, que fará caiam os preconceitos de casta e se calem os antagonismos de seitas, ensinando os homens a se considerarem irmãos que têm por dever auxiliarem-se mutuamente e não destinados a viver à custa uns dos outros.

Será ainda o progresso moral que, secundado então pelo da inteligência, confundirá os homens numa mesma crença fundada nas verdades eternas, não sujeitas a controvérsias e, em conseqüência, aceitáveis por todos.

A unidade de crença será o laço mais forte, o fundamento mais sólido da fraternidade universal, obstada, desde todos os tempos pelos antagonismos religiosos que dividem os povos e as famílias, que fazem sejam uns, os dissidentes, vistos, pelos outros, como inimigos a serem evitados, combatidos, exterminados, em vez de irmãos a serem amados.

A geração que desaparece levará consigo seus erros e prejuízos; a geração que surge, retemperada em fonte mais pura, imbuída de idéias mais sãs, imprimirá ao mundo ascensional movimento, no sentido do progresso moral que assinalará a nova fase da evolução humana. (A Gênese, cap. 18, n. 18-20)

Concluindo, só na visão espírita o Juízo Final tem uma explicação racional




Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/revista-espirita/o-juizo-final-na-visao-espirita/#ixzz22lAr3Y4C
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domingo, 5 de agosto de 2012

Entendendo a mediunidade Curativa


  • 1. CONCEITO
 
Mediunidade – Faculdade humana, natural, pela qual se estabelecem as relações entre os homens e os Espíritos.

Mediunidade Curativa – É aquela em que o médium possui a faculdade de curar.

Médium Curador – Faculdade que certas pessoas possuem de curar pelo simples contacto, pela imposição de mãos, pelo olhar, por um gesto, mesmo sem o concurso de qualquer medicamento.

2. BREVE RELATO HISTÓRICO

No tempo de Ísis (Egito), os sacerdotes caldeus utilizavam os passes para o restabelecimento da saúde humana. No século XV muito se falava na simpatia magnética, designando um sistema análogo nas suas bases essenciais, ao que tinha sido formulado por Paracelso. No século XVII Van Helmont, muito citado na Alta Magia, afirmava ter obtido curas valiosas com a aplicação do ímã e de placas metálicas nos corpos de doentes. Um contemporâneo dele, o jesuíta Hell, que também era físico de renome, obteve efeitos interessantes com a aplicação do ímã não só nos homens, mas também nos animais.

Foi, contudo, Franz Anton Mesmer, médico alemão, quem estudou os mistérios científicos até então cuidadosamente guardados em segredo pelos seus predecessores com sendo coisa de magia. Admitia Mesmer que, assim como o ímã, as mãos e os olhos de alguns indivíduos podiam irradiar um fluido especial proveniente do próprio organismo com influência nos indivíduos e nos próprios animais. As teorias mesmerianas foram combatidas em Viena, motivo por que Mesmer tranferiu residência para Paris em 1778. Em 1779 ele publica a obraMagnetismo Animal, em que expõe a tese defendida até então, ou seja, a existência de um fluido que interpenetrava tudo e que dava às pessoas, propriedades análogas àquelas do ímã. Teve boa aceitação, mas depois caiu em descrédito.

Em 1784, o marquês de Puységur, discípulo de Mesmer, descobrira Sonambulismo Artificial e em 1787 Pététin descobria a Catalepsia Artificial. Em 1841, Braid, descobre o hipnotismo. Charcot o estuda metodicamente, Liebault o aplica à clínica e Freud o utiliza ao criar a Psicanálise. (Paula, 1976)

3. MAGNETIZAÇÃO

3.1. MAGNETISMO E HIPNOTISMO

Magnetismo em Física: fluido emanado do ferro magnético e dos ímãs, que tem a propriedade de atrair outros metais e de orientar a agulha magnética em direção Norte-Sul. Ocultismo: segundo os adeptos, existe no indivíduo uma força latente que poderia ser emitida mediante a ação da vontade. Esta força diz-se apresentar analogia com a eletricidade e o magnetismo mineral e existir em todos os seres vivos no estado estático e no estado dinâmico, circulando ao longo das fibras nervosas e irradiando para o exterior pelos olhos, pelas pontas dos dedos e pela boca, com maior ou menor intensidade da vontade.

Hipnotismo: deriva de Hipnose, que por sua vez vem da palavra grega hypnos = Deus do sono, adotada por Braid em 1843. O termo não é feliz, uma vez que dá a errônea impressão de ser a hipnose igual ao sono. O hipnotismo são os vários processos, pelos quais uma pessoa dotada de grande força de vontade exerce sua influência sobre outras pessoas de ânimo mais débil, numa espécie de êxtase (ou transe)

3.2. DIFERENÇA ENTRE MAGNETISMO E HIPNOTISMO
O magnetismo aceita a existência de um fluido especial, que é projetado pelo magnetizador influenciando a pessoa que o recebe.
O hipnotismo admite que o paciente fica hipnotizado por auto-sugestão e concentração mental, não havendo fluido algum. Apenas o hipnotismo é aceito pela ciência.

3.3. A PRESENÇA DA CIÊNCIA OFICIAL
Os cientistas não aceitaram o termo magnetismo; preferiram o hipnotismo. Eis como Braid o define: Hipnotismo é "o estado particular do sistema nervoso, determinado por manobras artificiais, tendendo, pela paralisia dos centros nervosos, a destruir o equilíbrio nervoso". Nada de fluidos, nem de matéria sutil. Ficou assim prestigiado o hipnotismo através dos tempos pela ciência oficial e relegado o magnetismo com os seus passes as suas imposições e os seus fluidos para o monturo das teorias condenadas como obra do charlatanismo. (Michaelus, 1967)

4. MÉDIUM CURADOR

4.1. A CURA COMO MANIPULAÇÃO DO FLUIDO UNIVERSAL

"A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada; mas, depende também da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante a emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou Espírito. Os fluidos que emanam de uma fonte impura são quais substâncias medicamentosas alteradas". (Kardec, 1975, cap. XIV, item 31)

Os efeitos da cura são extremamente variados: algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado; outras vezes é rápida; as demais se colocam na faixa desses dois extremos.

4.2. MAGNETIZADOR VERSUS MÉDIUM CURADOR
Enquanto o magnetizador usa as suas próprias energias, o médium curador é apenas o intermediário dos Espíritos na cura das doenças.

Eis as respostas que nos foram dadas às perguntas seguintes dirigidas aos Espíritos a esse respeito.

1 – Podemos considerar as pessoas dotadas do poder magnético como formando uma variedade de médiuns?

"Disso vocês não podem duvidar".

2 – Entretanto o médium é um intermediário entre os Espíritos e o homem; ora, o magnetizador, tirando a força de si mesmo, não parece ser o intermediário de nenhum poder estranho.

"É um erro; o poder magnético reside sem dúvida no homem, mas ele é aumentado pela ação dos Espíritos que ele chama em seu auxílio. Se você magnetiza com o fito de curar, por exemplo, e invoca um bom Espírito que se interessa por você e pelo doente, ele aumenta sua força e sua vontade, dirige seu fluido e lhe dá as qualidades necessárias."

3 – Entretanto há muito bons magnetizadores que não acreditam em Espíritos?

"Então vocês pensam que os Espíritos agem somente sobre aqueles que crêem neles? Os que magnetizam para o bem são secundados por bons Espíritos. Todo homem que tem o desejo do bem os chama sem o querer; assim como pelo desejo do mal e pelas más intenções, ela chama os maus". (Kardec, s.d.p., item 176)


4.3. PREPARAÇÃO DO MÉDIUM CURADOR

De acordo com o Espírito André Luiz, o missionário do auxílio magnético na Crosta ou aqui em nossa esfera, necessita:

  • Ter grande domínio de si mesmo;
  • Espontâneo equilíbrio dos sentimentos;
  • Acentuado amor aos semelhantes;
  • Alta compreensão da vida;
  • Fé vigorosa;
  • Profunda confiança no Poder Divino. (Xavier, 1970, p. 321)


Deve, por outro lado, evitar as barreiras que impedem a passagem das energias auxiliadoras, ou seja:

  • A mágoa excessiva
  • A paixão desvairada
  • A inquietação obsedante.

4.4. O RECEBEDOR DO FLUIDO

As exigências para um trabalho de passe produtivo devem ser extensivas àqueles que irão receber os fluidos balsamizantes. Estes devem preparar-se interiormente para o momento sagrado na câmara de passes. Além disso, precisam ter confiança em Deus, nos Espíritos amigos e no médium que lhe irá aplicar o passe. Sem isso, não se estabelece uma sintonia perfeita entre doador e recebedor.

Eis algumas recomendações do Espírito Emmanuel:

Ajuda o trabalho de socorro sobre ti mesmo com o esforço da limpeza interna;

Esquece os males que te apoquentam, desculpa as ofensas das criaturas que te não compreendem, foge ao desânimo destrutivo e enche-te de simpatia e entendimento para com todos os que te cercam;

Se pretendes, pois, guardar as vantagens do passe que, em substância, é ato sublime de fraternidade cristã, purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o cérebro;

Não abuses, sobretudo, daqueles que te auxiliam;

Não tomes o lugar do verdadeiro necessitado, tão só porque os teus caprichos e melindres pessoais estejam feridos.


5. O TRABALHO DE PASSES NO CENTRO ESPÍRITA

O que são os passes?

Movimentos com as mãos, feitos pelos médiuns passistas, nos indivíduos com desequilíbrios psicossomáticos ou apenas desejosos de uma ação fluídica benéfica... Os passes espíritas são uma imitação dos passes hipnomagnéticos, com a única diferença de contarem com a assistência invocada e sabida dos protetores espirituais.

Qual o objetivo do passe?

Propiciar ao assistido um reequilíbrio psicofísico espiritual. Para tanto o médium passista deve entender que o trabalho na câmara de passes tem um caráter mediúnico, ou seja, da mesma maneira que os Espíritos se utilizam dos recursos do médium, para a comunicação escrita ou falada, eles se utilizam das faculdades radiantes do médium para curar.

Qual o mecanismo do passe?

Baseando-nos no fenômeno hipnótico, podemos distinguir, claramente três tipos de campos vibratórios: o do Espírito, o do médium e o do assistido... Estabelecido o clima de confiança qual acontece entre o doente e o médico preferido, cria-se a ligação sutil entre o necessitado e o socorrista e, por semelhante elo de forças, ainda imponderáveis no mundo, verte o auxílio da Esfera Superior na medida dos créditos de um e outro. (Xavier, 1977, cap. 22)

Qual o perfil do médium passista?
Para atuar no setor de passes espíritas deve o colaborador ter as seguintes características:

1) possuir a faculdade radiante, ou seja, a capacidade de transmitir aos outros parte de seu magnetismo pessoal;

2) o médium passista, antes de tudo, é um médium e deve estar sempre se aperfeiçoando doutrinariamente;

3) estar em equilíbrio no campo das emoções. "Um sistema nervoso esgotado, oprimido, é um canal que não responde pelas interrupções havidas";

4) disciplina no campo da alimentação. O excesso de alimentação, o álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos centros nervosos, modificando certas funções psíquicas e anulando os melhores esforços na transmissão de elementos regeneradores;

5) ter consciência do mecanismo do passe para fugir à mecanização do mesmo.


6. CONCLUSÃO

Preparemos-nos técnica e moralmente para os trabalhos de cura. O fortalecimento de nossas faculdades radiantes exige muito estudo, muito critério e muita responsabilidade. Sem isso, estaremos apenas mecanizando os movimentos requeridos na aplicação dos "passes espíritas".

7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1975.
KARDEC, A. O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e dos Doutrinadores. São Paulo: Lake, [s.d.p.]
MICHAELUS. Magnetismo Espiritual. 2.ed., Rio de Janeiro: FEB, 1967.
PAULA, J. T. Dicionário Enciclopédico Ilustrado de Espiritismo, Metapsíquica e Parapsicologia. 3. ed. São Paulo: Bels, 1976.
XAVIER, F. C. Mecanismos da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1977.
XAVIER, F. C. Missionários da Luz, pelo Espírito André Luiz. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1970.

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terça-feira, 31 de julho de 2012

Velório e a Visão Espírita


Por Federação Espírita do Paraná
 
Costumam ser momentos de muita dor, de muito confrangimento, de muita tristeza aquele quando temos que velar os corpos dos nossos seres queridos.

Corpos de amigos nossos ou daqueles que, sendo vinculados a amigos nossos, nos achamos no dever moral de compartilhar-lhes o sofrimento, a saudade e comparecemos para as nossas condolências, nosso abraço de fraternidade, nossas palavras de carinho, de conforto.

É muito comum que, nessas ocasiões, percamos o tino relativamente ao que dizer, ao que falar.

Não temos o que falar num momento como esse. A criatura fez a sua grande viagem e estamos diante do corpo que não lhe servirá mais.

Quase sempre as pessoas choram sobre o corpo, como se o corpo fosse o seu ente querido.

Quase sempre as pessoas dizem que vão enterrar seu pai, sua mãe, seu filho, seu amigo. Isso porque admitem que o corpo seja seu pai, sua mãe, seu amigo.

Na linguagem cotidiana, na linguagem coloquial ainda encontramos as pessoas que dizem: a cova de minha mãe, a urna de meu pai, de meu filho, de meu amigo.

Verificamos com isso que, de fato, ainda se alimenta a ideia de que o nosso ser querido é aquele corpo; que o nosso ser querido seja aquele resto mortal que jaz sob a lápide ou sobre a mesa mortuária. Não é bem assim.
 
Ali estão no esquife, na urna, no caixão, os corpos que serviram aos nossos seres queridos.

Estamos ali para prestar homenagens a esses despojos que representam, à nossa visão, aqueles aos quais amamos.

Minha mãe não está mais naquele corpo. Meu pai, meu filho, meu irmão, meu amigo não se acham naquele corpo que está diante de nossa observação.

Ali se acha a gaiola vazia de onde a ave luminosa já se ergueu, já se libertou, já se foi.

Por causa disso, há que se pensar em alguns cuidados durante os velórios, durante essas ocorrências nas quais estamos prestando homenagens póstumas aos nossos entes queridos, familiares ou amigos, que já demandaram a vida além do corpo.

Para muita gente, os velórios são ocasiões para encontrar amigos. Aqueles amigos que a gente não encontra nunca, não veja mais. Todos encontramos nos velórios.

Para outros, é ocasião de se ver a família porque vem gente de todo lugar, de longes terras, para prestar a derradeira homenagem ao ser querido trespassado.

Para muita gente é ocasião de contar as piadas, as últimas.

Mas, para muitos outros, aquele é um local de desdita, de sofrimentos atrozes, de amarguras mortais.

Há indivíduos que rogam, naquele momento de desespero, ao seu falecido, que os levem junto, que eles não vão suportar a dor da saudade e, quase nunca, essas pessoas se dão conta de que o morto não está morto.

Estamos prestando culto ao corpo que, um dia, ele utilizou. No entanto, o nosso ser querido está vivo, de pé, muitas vezes acompanhando todo o processamento do velório e, por causa disso, ouvindo e vendo o que falamos, o que fazemos, registrando em si o psiquismo ambiente, aquelas criaturas que zombam, que riem, que contam piadas, muitas delas despropositadas pelo momento, aquelas pessoas que falam mal do falecido como registram as ondas de sofrimento e de desolação de muitos familiares, de muitos amigos.

Há de se ter maior cautela, um pouco mais de cuidado fraterno quando se esteja participando de um velório porque o morto suposto não está morto, segue de pé.

* * *

Entendendo-se que o nosso ente querido, que o falecido não desapareceu, não está morto de fato, que está apenas desencarnado, fora do corpo, sem ter mais acesso a ele, caberia a todos aqueles que vamos ao velório ter uma atitude de respeito para com o falecido, para com os seus familiares.

Se tivermos que conversar, que as nossas conversas girem em torno de assuntos leves, que possam auxiliar o ambiente e a criatura desencarnada que nada obstante possa estar lúcida, naquele momento, está sofrida, muitas vezes angustiada, ao registrar a angústia geral.

É muito comum que os seres espirituais desprendidos do corpo registrem a ambiência e sofram com o sofrimento das pessoas e se rebelem, se revoltem contra aqueles que estejam usando aquele ambiente, aquele espaço, aqueles momentos para contar suas piadas, fazer suas troças ou coisas indevidas, num momento como esse.

É tão sério o momento do passamento, da desencarnação quanto o é o do nascimento.

Daí se torna necessário que criemos um clima de afetividade, de carinho, em torno daquele ser que está viajando de volta para o grande lar, tanto quanto criamos o ambiente de carinho, de boa recepção àqueles seres que chegaram um dia a nossa convivência, os nossos filhos ou os filhos da nossa família como um todo.

Quando pensamos no velório, na condição do desencarnado, que pode estar feliz por ter se libertado do corpo enfermo, deficiente, mazeloso ou que pode estar deprimido pela depressão da família ou que pode estar raivoso pela forma como tenha saído do corpo, cabe-nos fazer o contraponto. Ao nos aproximarmos da urna, do corpo, ou no cantinho onde nos posicionemos, emitir pensamentos salutares, pensamentos de carinho, pedindo a Deus que abençoe essa criatura, recentemente desenfaixada do corpo, onde quer que ela esteja.

Então, surge a questão do sepultamento, da inumação. Para muita gente, o melhor é a sepultura tradicional, os chamados sete palmos. Para outros, melhor a cremação.

Há pessoas que pedem testamentariamente que seu corpo, depois da morte, seja cremado e a família obedece, cumpre o ritual. Era o último pedido da pessoa.

E vale a pena verificarmos que a cremação deveria ser feita um pouco de tempo depois, se esperar um pouco mais de tempo, para que o Espírito desencarnado tivesse tempo de se aclimatar, de se acostumar a esse estado de desprendimento definitivo e não sofresse tanto com o processo crematório.

É muito comum que vinte e quatro horas depois a criatura desencarnada ainda esteja muito ligada mentalmente ao corpo que acabou de deixar.

É como se tirássemos uma roupa pesada que usamos durante muito tempo e, durante algum tempo, persistíssemos com a sensação de que ainda a carregamos sobre o corpo.

Imaginemos viver o tempo que vivemos no corpo físico... Ficamos com a sensação de que carregamos o corpo conosco.

A cremação é uma medida higiênica, por excelência, facilitará muito no futuro a vida das comunidades, nada obstante, propõem os amigos espirituais que se poderia esperar setenta e duas horas, para evitar qualquer choque, qualquer traumatismo sobre o Espírito desencarnado com a reverberação da cremação sobre o seu corpo.

O mesmo raciocínio poderíamos usar para o sepultamento tradicional. O Espírito que se acha ligado ao corpo, mentalmente falando, psiquicamente falando, ele se sente sufocar quando o ataúde é fechado e o corpo baixa a sepultura.

Quando dispõe de méritos espirituais, os Benfeitores o libertam antes dessa cena, mas a massa de nós todos, a média dos Espíritos da Terra não têm esse mérito e, por isso, costuma sofrer situações desagradáveis.

Nos velórios, respeito. Na cremação - um uso importantíssimo, que precisaria apenas ser regulamentado de maneira diferente.

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